Oficiais do governo do Estado de Nova Iorque e de outros oito Estados norte-americanos da região nordeste do país chegaram a uma acordo preliminar para congelar as emissões de plantas industriais aos atuais níveis e então reduzi-las para 10% até 2020, de acordo com um projeto preliminar que até ontem (24/8) era confidencial.

A ação cooperativa, a primeira deste tipo nos Estados Unidos, veio depois que a administração Bush decidiu não regular as emissões de gases de efeito estufa, as quais contribuem para o aquecimento global. Uma vez atingido o acordo global, as Câmaras legislativas desses nove Estados terão que homologar as leis, o que é bastante provável que ocorra. Um controle legal das emissões nesse nível poderia resultar em, potencialmente, alta de preços da energia nesses nove Estados, algo que os idealizadores do projeto esperam que seja coberto por subsídios e sustentado pelo desenvolvimento de novas tecnologias que poderiam ser pagas com procedimentos de vendas de permissão para as companhias de energia.

A iniciativa regional poderia estabelecer um sistema dirigido ao mercado para o controle de emissões de dióxido de carbono, o principal gás de efetio estufa, para mais de 600 geradores de eletricidade nos nove Estados. Ambientalistas que apóiam a legislação federal para o controle dos gases estufa acreditam que o modelo estabelecido para os Estados do nordeste será seguido por outros Estados, o que resultará numa pressão que eventualmente poderia levar à vigência de uma lei federal.

Califórnia, Washington e Oregon estão nos primeiros estágios da exploração de um acordo regional semelhante ao plano do nordeste. Os nove Estados que fecharam o acordo são Connecticut, Delaware, Maine, Massachusetts, New Hampshire, New Jersey, New York, Rhode Island e Vermont. (NY Times, 24/8)