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2005-08-24
Ao mesmo tempo em que projetos hidrelétricos enfrentam dificuldades de licenciamento ambiental e uma nova lei exige garantias de acesso a gás natural para térmicas, a Petrobras decidiu trabalhar com a hipótese de funcionamento de termelétricas a plena carga. A revisão do cenário levou a estatal a reservar 46,4 milhões de metros cúbicos diários do insumo para as usinas, num salto de 71% em relação ao volume projetado no plano estratégico anterior, no ano passado. Trabalhava-se com 27,1 milhões de metros cúbicos por dia entre 2006 e 2010.

Para dar conta do aumento da demanda das térmicas, a Petrobras investirá US$ 226 milhões em conversão de usinas movidas a gás por bicombustíveis. E elevou em 150% o montante de investimentos em gás natural, para US$ 6,5 bilhões nos próximos quatro anos. Os recursos incluem o aumento da capacidade de transporte do Gasoduto Bolívia Brasil de 30 milhões para 34 milhões de metros cúbicos diários e dezenas de projetos de gasodutos na carteira da estatal.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, revelou que o aumento da demanda projetada para térmicas considera um cenário de despacho das usinas de 100%, mas evitou comentar a relação dessa possibilidade com o risco de racionamento e de atraso de geração hidráulica. Ele, porém, destacou que o plano é da Petrobras, e não do governo.

Para suprir tamanha demanda, a estatal planeja concluir ainda neste plano toda a infra-estrutura necessária para produzir mais gás a partir das novas reservas gigantes da Bacia de Santos.

Para compensar o salto previsto para a demanda das usinas, a Petrobras sinaliza induzir a queda no consumo de distribuidores com finalidades para Gás Natural Veicular e indústrial. Gabrielli admitiu que poderá ter de coibir o uso do combustível em carros, com preços mais amargos. A indústria também pode ser atingida.

— A indústria tem combustíveis substitutos. Esta previsão de despacho simultâneo de todas as térmicas é conservadora e provavelmente não acontecerá. Manteremos um nível contingenciado que vai depender da demanda das térmicas por alguns anos - disse Gabrielli.

A Petrobras parte da premissa de que a demanda industrial por gás natural será de 39,1 milhões de metros cúbicos por ano de 2006 até 2010. Até o plano anterior, a expectativa era de um mercado de 36,7 milhões de metros cúbicos. Para o GNV, não houve mudança, apesar do crescimento de dois dígitos do mercado.

Estatal movimentará 10% da economia
Os investimentos da Petrobras responderão por nada mais nada menos que 10% de toda a riqueza gerada no país nos próximos quatro anos. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, considera nesta cifra o impacto dos US$ 56,4 bilhões sobre toda a cadeia de indústria e serviços contemplada. No ano passado, o peso da estatal no Produto Interno Bruto (PIB) era de 6,5%, enquanto toda a indústria petrolífera teve impacto de 9% na economia brasileira.

O aumento da importância da estatal no PIB brasileiro acompanha a revisão dos investimentos: o planejamento antigo, aprovado em maio de 2004, previa US$ 34,5 bilhões de 2006 a 2010. Os US$ 22 bilhões a mais refletem o aumento de custos e a necessidade de antecipar alguns projetos. O aço 100% mais caro entre 2003 e o primeiro trimestre deste ano implicou num aumento de US$ 10,3 bilhões dos projetos.

A Petrobras planeja que 65% das suas encomendas sejam produzidas no Brasil até 2010. Isto significa que fornecedores locais terão US$ 6,4 bilhões por ano da estatal. Os setores de construção e montagem e aquisição de materiais serão os mais fortalecidos, com 77% dos investimentos colocados no mercado nacional.

Já em relação à cotação do barril de petróleo, a Petrobras trabalha com a hipótese de redução de mais da metade do preço atual, para US$ 25 por barril de óleo tipo Brent a partir de 2008. Antes disso, a estimativa é de que o barril da commodity custará, em média, US$ 45 no próximo ano e US$ 30, em 2007. Para este ano, a cotação média seria de US$ 52,5 por barril.

Gabrielli, afirmou que a estimativa é conservadora para preservar investimentos. Contar com preços elevados e não tê-los, implica em cortes de investimentos, já que estes são feitos de acordo com previsões de caixa. (Jornal do Brasil, 23/08)

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