A seca deque padece a cidade Castilla La Mancha provocou uma diminuição da zona inundada do Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel (Ciudad Real), na Espanha, que agora tem 125 hectares encharcados, dos mais de 1.850 que possui a paisagem natural. Segundo o diretor do Parque Nacional, Manuel Carrasco, o número de hectares inundados caiu de 400 hectares registrados em meados de julho para 125 hectares neste mês, como conseqüência da escassa pluviometria e da ausência de aportes de água procedentes dos rios Guadiana y Gigüela.

O diretor do Parque Nacional comentou que a chave do futuro parque, enquanto quantidade de água, está nas chuvas que se possam produzir no outono e que poderiam propiciar a recuperação da área encharcada. Neste aspecto, ele indicou que, se não chover nesse período,deveriam ser analisadas as necessidades do parque e deveria ser estudada a possibilidade de reclamar uma derivação do trasvase do Tajo-Segura, decisão que deveria adotar a Comissão Mista de Gestão ou o Patronato Reitor do Parque Nacional.

Não obstante, precisou que, embora o nível de encharcamento do parque tenha decaído, a qualidade da água não baixou, mantendo-se em boas condições. Este fato está fazendo com que o parque desfrute de um importante número de espécies de anátidas que podem ser oservadas por turistas que o visitam.

Carrasco comentou que é possível ver com facilidade o movimento de aves, mas recomendou visitar o parque na primeira ou na última hora do dia, momento em que as anátidas estão muito mais ativas. O Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel é o último representante de um ecossistema que se formou por desbordamentos em sua confluência com os rios Guadiana e Gigüela, favorecida pela escassez de declividade do terreno.

A importância deste espaço natural para as aves aquáticas, que utilizam estas zonas como área de invernada, levou o parque a ser reconhecido com distintas figuras de proteção, entre as quais se destaca a consideração como Reserva da Biosfera (1981), Área Úmida de Importância Internacional para o Convenio de Ramsar (1982) e Zona de Especial Proteçaõ para as Aves (1988). (El Mundo, 22/8)