Energia do sol é utilizada para cozinhar nos Estados Unidos
2005-08-23
Está cada vez mais difícil salvar o planeta, particularmente em se considerando o desafio meteorológico do Norte. A reportagem do jornal The New York Times resolveu verificar o estilo de vida de populações alternativas que utilizam o sol para cozinhar alimentos, eliminando a necessidade de outras fontes de energia. A técnica, apesar de muito simples, não é utilizada em países da região do Subsaara, na África, e em extensas áreas da China e da Índia, onde a presença praticamente constante da luz solar não impede que se queime madeira para cozinhar.
No caso desses países pobres, além da poluição, a queima de madeira para cozinhar traz a destruição florestal, a erosão de paisagens e do solo que poderia ser utilizado para plantio. Sem falar que os fumos da queima são causadores de problemas respiratórios sérios. Contudo, nos Estados Unidos, a pintora e escultora Mary Frank está inaugurando a técnica de cozinhar ao sol. Na área de 11 acres que tem com o seu marido, o músico Leo Treitler, ela instalou dois tipos de dispositivos para cozinhar com o uso da energia solar. Um deles, chamado CooKit, é uma espécie de cartão reflector de luz, revestido com material alumínio. O segundo, mais elaborado, é uma caixa de 26 por 21 por 9 polegadas cujo fundo é pintado de preto para absorver o calor, e o qual está conectado a um fino painel refletor num ângulo de 45 graus, acima. O sol reflete no interior, e seu calor permite o cozimento.
Segundo o livro Cozinhando com o sol, de Lorraine Anderson e Rick Palkovic, os cozinheiros que utilizam esta técnica podem empregá-la mais eficientemente nos paralelos 60, ou seja, na maior parte do território abaixo do Canadá e ainda perto do Equador. Uma vez que a segurança de cozinhar está nos fatores tempo e temperatura, as horas gastas com este tipo de técnica possibilitam um alimento livre de riscos. (NY Times, 22/8)