Mutirão tenta salvar o rio Soturno
2005-08-22
Os municípios que formam a Quarta Colônia de Imigração Italiana, na região Central do Estado, fizeram um mutirão para salvar o rio Soturno, que banha a região. O Soturno, que nasce no município de Júlio de Castilhos e desce em direção ao rio Jacuí, onde deságua, passa por Nova Palma, Faxinal do Soturno, São João do Polêsine e Dona Francisca. Para recuperar o manancial, hoje assoreado, os municípios implantaram um projeto de preservação ambiental, com a participação de ambientalistas, entidades ligadas ao setor agrícola, sindicatos, Emater, prefeituras, instituições de apoio técnico e pesquisa, como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Fepam e Ministério Público Estadual. O projeto, denominado Viva Rio Soturno, foi idealizado pelo professor aposentado e atual presidente da Pastoral Ecológica de Faxinal do Soturno, Cirilo Dalmolin. A iniciativa tem total apoio do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Faxinal do Soturno (Condema), que recentemente empossou a nova diretoria, tendo como presidente Adagir Roratto.
O trabalho também é apoiado pelos produtores rurais lindeiros do rio, além dos professores Miguel Durlo e Fabrício Sotili, do Departamento de Engenharia Florestal da UFSM e da Universidade Rural de Viena, na Áustria. O projeto executa obras e programas de recuperação, melhoramento e proteção das barrancas que estão em processo acelerado de erosão. O trabalho está sendo executado por meio de uma técnica chamada bioengenharia, em que são utilizadas várias espécies de vegetais e outros materiais existentes no local e na região Central. Um desses vegetais é o vime. A prefeitura de Faxinal do Soturno e a Emater estão mapeando os pontos em que este vegetal é encontrado. Com base no levantamento será proposta compra para implantação nas margens do rio. (CP, 21/08)