Um novo relatório da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos afirma que os níveis de ozônio estão em queda em 19 Estados da costa Leste do país, onde a má qualidade do ar é comum no verão. A redução reflete o que oficiais da agência descrevem como um declínio significativo nas emissões de nitrogênio, cuja reação com a luz do sol e com compostos orgânicos voláteis causa a formação de más condições para o ar, tornando a respiração mais difícil nos meses quentes.

Conforme o relatório, no ano passado, as emissões de dióxido de nitrogênio das plantas de energia e de outras grandes fontes de combustão em 19 Estados, incluindo Nova Iorque, Nova Jersey e Connecticut, estavam 30% abaixo dos níveis de 2003 e 50% abaixo dos registrados em 2000. O resultado, afirma a agência, foi uma redução de 10% nos níveis de ozônio nos últimos quatro anos.

Jeffrey R. Holmstead, que estava saindo da área de assistência administrativa da agência na última sexta-feira (19/8), disse que — esta é uma redução muito significativa da concentração de ozônio e que oferece uma nova segurança de que a EPA está trabalhando de forma efetiva. Holmstead referiu-se à abordagem de captura e venda de gases para a redução das emissões, esquema favorecido pela administração Bush mais do que a anterior administração do ex-presidente Clinton, que trabalhava na linha de captura total dos gases, a qual permanece sendo preferida pelos ambientalistas.

Num sistema de captura e venda, uma unidade fabril pode exceder os níveis permitidos de emissão comprando créditos de outra planta na mesma região onde as esmissões estão abaixo do permitido. Os ambientalistas argumentam que esta abordagem fracassa em se conseguir o menor nível possível de emissões porque não requer que todas as plantas utilizem a melhor tecnologia disponível para o controle da poluição.

Contudo, para Holmstead, o sistema de captura e venda funciona mais eficientemente, desde que os donos das plantas, sem dinheiro suficiente para fazer todo o necessário para melhorar de uma vez, tenham incentivada a instalação de controles na sua fonte de emissões mais significativa, num primeiro momento. (Fonte: The New York Times, 21/8)