Petróleo sobe com incêndio em refinaria na Venezuela e greve no Equador
2005-08-22
O preço do petróleo registrou alta na sexta-feira (19/8) com o incêndio em uma refinaria na Venezuela e a interrupção da produção no Equador, devido a um protesto. Às 11h53min (horário de Brasília), o barril do petróleo cru para
entrega em setembro estava cotado a US$ 64,22, alta de 1,5%, na Bolsa Mercantil de Nova York.
No International Petroleum Exchange, em Londres, o barril do petróleo Brent era negociado a US$ 63,71, alta de 1,31%, às 12h12 (horário de Brasília). A notícia de que um incêndio na refinaria de Amuay afetou a produção da refinaria (de cerca de 410 mil barris por dia), provocou a alta dos preços da
commodity. A produção de Amuay, que faz parte do Complexo Refino de Paraguaná --um dos maiores do mundo--, teria caído para 150 mil barris por dia. Segundo funcionários do governo do país, a operação na
refinaria deve ser normalizada em 48 horas.
A Venezuela é o quinto maior exportador do produto e
tem as maiores reservas fora do Oriente Médio. No Equador, o presidente do país, Alberto Palacio, disse que a estatal Petroecuador suspendeu as
exportações do produto por causa dos protestos no
setor petroleiro do país. Palacio disse, em um pronunciamento na TV, que a greve dos funcionários do setor --iniciada na segunda-feira da semana passada (15/8) -- paralisou a produção de petróleo do país. Uma das exigências dos grevistas é que o governo renegocie os contratos com as empresas de petróleo
estrangeiras que atuam no país. Mais da metade das exportações do Equador seguem para os EUA.
O incidente de hoje no Oriente Médio envolvendo navios militares americanos também aumentou a tensão entre os investidores. Autoridades jordanianas e israelenses afirmaram que supostos militantes atiraram três foguetes Katyusha de um depósito no porto de Ácaba --no mar Vermelho, próximo ao porto de Eilat, em Israel-- em direção a dois navios militares dos EUA,
atracados no local. (UOL, 19/8)