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2005-08-22
Lançada durante a última estiagem, a operação Águas Limpas realiza numa primeira fase, um diagnóstico de identificação das condições das nascentes dos rios no Rio Grande do Sul. Na etapa seguinte atuará sobre a sua finalidade: impedir o assoreamento e a diminuição do volume de água no curso dos rios com a proteção ambiental de toda a área das nascentes. Essa ação reduz o impacto à população na ocorrência de uma seca. O secretário estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta, fala sobre os objetivos da operação Águas Limpas. Em setembro ele deverá receber o relatório da situação no Estado.

Do que trata a operação Águas Limpas?
Nós iniciamos este trabalho, este diagnóstico, no período da seca no Estado. Algumas medidas precisavam ser adotadas a curto, médio e longo prazos. A operação Águas Limpas foi uma decisão escolhida, mas para ser permanente, de cuidado com as nascentes dos nossos rios em todo o Rio Grande do Sul. Muitas informações já tínhamos, porém, muitas outras precisam ser acrescentadas, complementadas. Essa operação está sendo executadas entre o Estado e os municípios nos quais existem as nascentes. Nós entramos com os recursos e teremos os cuidados necessários, principalmente com a mata ciliar, que envolve as nascentes. Uma vez protegida a nascente, a água sairá límpida e com cuidado. Esse acompanhamento será feito pelas nossas coordenadorias regionais e prefeituras. Se houver o assoreamento das nascentes, diminui o volume das águas, secam os percursos. Nós já estamos com uma diminuição do fluxo de chuvas. Se as nossas nascentes tiverem o seu volume de água também reduzido teremos um problema muito grave pela frente. O governador Germano Rigotto tem uma preocupação muito grande com esta questão e determinou essa atitude preventiva, a operação Águas Limpas.

Quem executa a operação e qual é a previsão de tempo para conhece os resultados? O trabalho é realizado pela secretaria do Meio Ambiente. Temos 27 coordenadorias no Estado, divididas em regiões. Elas fazem este trabalho em contato com as prefeituras e cidades de maior porte, que têm uma estrutura mais abrangente. O Departamento de Recursos Hídricos acompanha todas estas ações. Em setembro, provavelmente, este diagnóstico estará pronto. Deverei receber todos os resultados. Quando a radiografia for concluída, iniciaremos imediatamente, nos locais onde houve a degradação efetiva, o trabalho de recomposição. Não poderemos agir de uma forma geral, mas atenderemos as áreas mais críticas prioritariamente. Muitas delas foram examinadas e receberam atenção durante a estiagem.

Como se reverte a situação de uma nascente com um entorno crítico?
Primeiro verificamos se a área é realmente crítica ou de risco. Se há residências próximas, trabalho de agricultores, assoreamento na região. Normalmente, a nascente de um rio é um banhado. Examinamos as agressões, o lixo, agrotóxicos, desmatamento e se a mata ciliar está íntegra. Depois desta fotografia inicial, se planeja as ações, como por exemplo o replantio, a limpeza, e atividades que possam impedir a continuidade dos agressores e da agressão junto as nascentes.

Qual é o orçamento da operação?
A parte de diagnóstico está sendo tocada com recursos próprios da secretaria. Nós temos ainda R$ 200 mil para serem gastos até dezembro. Já estamos colocando para o Orçamento de 2006, cerca de R$ 600 mil. Muita informação nós já tínhamos porque juntamos trabalhos e diagnósticos já existentes envolvendo comitês de bacias e microbacias. Por isso, a compilação e tabulação de dados foi mais trabalhosa.(Sema, 19/08)

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