Sem verba federal, obra de aterro em Campo Grande não tem data para sair
2005-08-19
Sem previsão de receber os R$ 4 milhões necessários para a criação do aterro sanitário de Campo Grande, que antes estava prevista para ocorrer até o fim deste ano, o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), assinou ontem (18/08) com a Caixa Econômica Federal convênio para liberação de R$ 1 milhão, que já estavam empenhados, de um total de R$ 5 milhões em que a obra é orçada.
A situação de indefinição pode comprometer a ativação do presídio federal de Campo Grande, prevista para setembro. O aterro é condição para que ele seja ativado. Metade da obra do presídio já foi concluída. O trabalho de construção envolve 280 trabalhadores. Trad tem ido várias vezes a Brasília (DF) em busca de recursos, desde maio, mas sempre voltando com o pires vazio. O principal entrave nas negociações ocorreu após a substituição do ministro Olívio Dutra no Ministério das Cidades, com o qual a prefeitura mantinha negociações sobre o aterro. A crise política que enfrenta o governo federal foi outro agravante às demandas por verbas.
Trad afirmou que a prefeitura fará a parte dela, mas que o governo federal precisa liberar os recursos para isso. As declarações foram feitas está manhã durante o lançamento da nova sede da Funsat (Fundação Social do Trabalho). Ele já havia informado que o contingenciamento pelo governo federal pode prejudicar a liberação de R$ 25 milhões para obras em Campo Grande. A Justiça Federal vinculou a ativação do presídio à criação de um aterro, para reduzir a condição insalubre na área. O presídio está sendo construído próximo ao lixão, na saída para Sidrolândia. A Justiça chegou a paralisar a obra em função da proximidade com o depósito de lixo da cidade. (Campo Grande News, 18/08)