(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-08-19
O esgotamento dos recursos disponíveis no Ibama para fiscalização ambiental pode levar a novo aumento do desmatamento e da atividade madeireira ilegal na Amazônia. Os R$ 28 milhões destinados este ano à fiscalização se esgotaram na semana passada. Outros R$ 8 milhões permanecem contingenciados e não podem ser gastos. No momento, 12 operações de fiscalização estão em curso na região e deverão ter sua continuidade comprometida. Novas operações não poderão ser realizadas.

A notícia chega exatamente no momento em que a exploração madeireira se intensifica e as queimadas na Amazônia aumentam em escala nesta época do ano. Ontem, o site do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Ambientais) apontava alta concentração de focos de calor no norte de Rondônia, divisa dos estados do Acre e Amazonas, e noroeste de Mato Grosso. Segundo o Instituto, o risco de fogo previsto é critico para toda a região Centro-Oeste e boa parte do Nordeste, Acre, Rondônia, Sul do Pará e Amazonas. Em várias regiões não chove há 40 dias, a temperatura máxima chega aos 34 graus e a umidade relativa mínima está abaixo dos 30%.

A desobediência à legislação que proíbe as queimadas e a falta de recursos para o Ibama estão entre os fatos documentados pela expedição BR-163 - Amazônia: Salvar ou Destruir?, do Greenpeace. Os integrantes da expedição apresentaram hoje nove fotografias que demonstram a histórica ausência de governo na região da estrada, que liga Santarém a Cuiabá. A exposição foi colocada em uma praça no centro de Cuiabá, encerrando as atividades da expedição.

—A falta de recursos para o Ibama fiscalizar é um dos componentes da ausência de governo na região amazônica, que pudemos constatar em nossa expedição pela área de influência da BR-163-, afirma Nilo DAvila, coordenador da expedição.

Os ativistas do Greenpeace partiram de Santarém no dia 27 de julho. Durante 23 dias, presenciaram a exploração madeireira sem controle, invasão de unidades de conservação, desmatamento ilegal, queimadas e destruição de castanhais nativos. —Infelizmente, o esgotamento dos recursos no meio do ano demonstra a falta de prioridade do governo Lula para a questão ambiental. Se o governo não se fizer presente imediatamente, corremos o risco de perder toda a floresta que ainda resta nessa região-, afirmou DAvila.

Durante a expedição, o Greenpeace pôde constatar também uma queda na atividade madeireira, reflexo de medidas adotadas pelo Ibama e da Operação Curupira. —O fluxo de madeira ilegal caiu-, disse DÁvila. — Isso demonstra que, quando age, o governo pode fazer diferença.

O asfaltamento total da rodovia BR-163 é uma das obras prioritárias do governo Lula. Com 1.764 quilômetros de extensão, dos quais cerca de 900 quilômetros não pavimentados, a rodovia liga Cuiabá, capital do Mato Grosso, à cidade portuária de Santarém, no Pará.

Em 2002, a parte asfaltada da estrada no Mato Grosso tinha perdido 57% da cobertura florestal na faixa de 50 km de cada lado da estrada. No trecho paraense, não asfaltado, o desmatamento não passava de 9%. O Greenpeace acredita que, antes do asfalto, precisa chegar o governo. O Estado brasileiro deve se fazer presente de forma permanente na Amazônia, através do fortalecimento das instituições como Ibama, Incra e Polícia Federal; da criação e implementação efetiva das áreas protegidas; e da adoção de medidas estruturantes, tais como o apoio à produção familiar e o estímulo a atividades florestais realmente sustentáveis que resultem em um modelo de desenvolvimento que combine proteção ambiental e justiça social para os milhões de brasileiros que vivem na Amazônia. (Com informações do Greenpeace)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -