Primeira etapa das obras de saneamento no Laranjal deve ficar pronta em junho de 2006
2005-08-19
A primeira etapa das obras de saneamento do Laranjal deve ficar pronta em junho de 2006. A estimativa foi divulgada no último dia 17, durante visita à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e à rede coletora que começam a ser construídas. Quando os R$ 5 milhões - entre a contrapartida do município e o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - forem aplicados, 45% das residências dos balneários Valverde e Santo Antônio terão sido beneficiadas. Um investimento que já irá trazer reflexos à balneabilidade do Laranjal. - As condições de banho não ficarão mais associadas ao clima como ocorre hoje -, enfatiza o diretor-presidente do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), engenheiro Gilberto Cunha. E é para amenizar também esse problema que as primeiras casas interligadas ao sistema estarão justamente entre as que mais se aproximam da orla. Todas passarão a ter o esgoto coletado e tratado. A contaminação do lençol freático por outras moradias - que ainda seguirão com fossa séptica e sumidouro - não deverá atingir a praia devido à distância. Esta etapa, a cargo da Construtora Pelotense, custará R$ 3,8 milhões. Serão implantados 12,5 quilômetros de redes secundárias e 2,5 de coletor tronco - colocado neste momento na avenida Senador Joaquim Assumpção. Para aplicação dos outros R$ 1,2 milhão - para fechar os R$ 5 milhões - uma nova licitação deve ser aberta, com vistas à ampliação do número de ruas que receberão a tubulação de esgoto. Encerrada a concorrência pública e realizada a obra, a autarquia terá alcançado a meta inicial de 45% das casas.
Para concluir o saneamento do Laranjal e ainda construir uma Estação de Tratamento de Esgoto na Zona do Porto (para evitar que os dejetos da área central da cidade sejam largados direto ao canal São Gonçalo, que tem ligação com a Lagoa dos Patos) mais R$ 13,2 milhões precisariam ser disponibilizados. E, por isso, a direção do Sanep corre para buscar outra fonte de financiamento, além da Caixa Econômica Federal (CEF). Em julho, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) negou a verba a Pelotas; cálculos apontaram que o município estava abaixo da capacidade de endividamento exigida para a liberação. (Diário Popular, 18/08)