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2005-08-17
As exportações de madeira em Mato Grosso tiveram queda de 25% no mês de julho em relação a igual período do ano passado e de 15% sobre o mês de junho deste ano. Os embarques de US$ 13,834 milhões foram o segundo pior do ano, ficando atrás apenas de janeiro quando as vendas somaram US$ 13,725 milhões.

O resultado é apontado como reflexo da Operação Curupira, desencadeada em junho no Estado. O setor é o terceiro na pauta de exportações, mas concentra mais de 60% das empresas exportadoras. No ano passado, dos 273 estabelecimentos que registraram remessas ao exterior, 100 eram indústrias madeireiras.

A previsão é de que nos dados acumulados do ano até agosto, a serem divulgados no próximo mês, as exportações de madeira fiquem negativas, apesar de janeiro a julho apresentarem aumento de 6,56%.

— Esse percentual caiu pela metade em relação ao crescimento de 13% verificado no primeiro semestre que, por sua vez, já estava abaixo da média usual de 30% -, afirma o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gavur Kirst.

Ele lembra que tradicionalmente nos dois primeiros meses do ano as vendas externas do setor são as mais fracas, pois são períodos em que a chuva impede a extração de matéria-prima da floresta e que os estoques também estão no final. O setor afirma que o desempenho em 2005 já não vinha bem por conta da demanda reprimida de Autorizações para o Transporte de Produtos Florestais (ATPFs).

De janeiro a junho deste ano, as exportações de madeira somam US$ 111,564 milhões ante US$ 104,692 milhões em igual período do ano passado. A alta dos preços é a responsável pelo aumento. Em 2004 o quilo foi vendido a US$ 0,55, enquanto este ano subiu para US$ 0,64. Já o volume físico caiu de 189,783 mil toneladas para 174,036 mil toneladas nos períodos comparativos.

Segundo Kirst, até 2003 Mato Grosso era o quinto maior exportador de madeira do país, subindo para o quarto lugar no ano passado. — A atual posição poderá não ser mantida.

Paraná lidera o ranking, seguido por Santa Catarina e Pará, que também deverá ter queda nas vendas externas de madeira. (Gazeta de Cuiabá, 16/08)

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