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2005-08-17
O Brasil conquistou, antes do esperado, auto-suficiência na produção de combustíveis. A Petrobras começou a colher no primeiro semestre os investimentos de R$ 2,8 bilhões na adaptação das refinarias ao óleo nacional, mais pesado. A importação de combustíveis caiu à metade, de 132 mil de barris por dia no final do ano passado para 65 mil barris de barris diários nos seis primeiros meses de 2005.

— Progredimos muito rápido, exportando mais e importando menos. Sem dúvida, é uma tendência que deverá se repetir daqui para frente, ao contrário do que ocorreu em 2003, quando vivemos uma situação atípica, de queda no consumo - afirma o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, referindo-se ao fato de a estatal ter sido superavitária há dois anos, graças ao desaquecimento da economia.

Este ano, ao contrário, o consumo de combustíveis cresceu 3%. Historicamente dependente do mercado externo, a Petrobras conseguiu saldo comercial de US$ 900 milhões. A companhia exportou, no segundo trimestre, US$ 2,2 bilhões em petróleo e derivados contra importações de US$ 1,3 bilhão. O crescente uso do gás natural combustível também ajudou no resultado.

O processo de substituição de importações continua, com a meta de expandir a capacidade de produção de óleo pesado de pelo menos uma refinaria a cada ano. Em 2004, a Replan passou a usar 70% de óleo nacional para produzir combustíveis, percentual que era de 30% antes da modernização. Para este ano, a expectativa é aumentar de 130 mil barris para 190 mil barris a produção de derivados da Refap a partir do aproveitamento maior de óleo nacional, da ordem de 65%.

No primeiro semestre, a Petrobras elevou de 76% para 80% a utilização de petróleo nacional, em média, em todas as refinarias. A unidade de Paulínia começa a recuperar o patamar perdido com paradas de manutenção, em fevereiro. Em junho, elevou em quase 10% a produção, para 10,5 milhões de barris de combustíveis.

O Brasil já é exportador de gasolina e, nos últimos dois anos, conseguiu derrubar de 30% para 20% a participação de diesel importado no mercado. O GLP também sofreu drástica redução na importação e o país praticamente já não compra mais o combustível do exterior. Costa atribuiu a reviravolta ao aumento do consumo de gás natural.

A conseqüência mais imediata deste processo de adaptação das refinarias é a queda na importação de diesel e da exportação de petróleo pesado. Como não foram feitos investimentos em ampliação de capacidade - o plano estratégico prevê uma nova refinaria para a expansão do setor -, o acréscimo da produção de combustíveis é atribuído à adaptação das refinarias brasileiras ao óleo pesado.

— Adicionalmente, a Petrobras está ajustando o perfil de produção de derivados, como o óleo combustível, que tem mercado declinante - revela uma fonte da área de Abastecimento da Petrobras.

A auto-suficiência em petróleo deve chegar até dezembro.

Beneficiada por uma conjugação de fatores que inclui altos preços do petróleo no mercado internacional, apreciação do real frente ao dólar e aumento de 18% da produção de óleo no segundo trimestre, a Petrobras encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 9,9 bilhões, 40% a mais que no mesmo período de 2004. O desempenho da companhia proporcionou um aumento de 29% da geração de caixa, que totalizou R$ 22,3 bilhões. Neste ano, a Petrobras alcançou um valor de mercado 40% maior.

No segundo trimestre, quando a companhia melhorou seu resultado operacional, o lucro líquido somou R$ 4,9 bilhões, 49% superior ao do mesmo período de 2004. Na ocasião, a empresa alcançou uma geração de caixa de R$ 11,8 bilhões, aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2004.

A apreciação do real contribuiu para reduzir em 12% a dívida total da empresa, que chegou a R$ 33,3 bilhões em 30 de junho deste ano. O passivo de curto prazo recuou 16% em relação a 31 de março. Já o índice de alavancagem caiu 5 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre. A estrutura de capital representada por terceiros alcançou 54% em 30 de junho, com redução de 2 pontos percentuais.

O crescimento de 18% da produção nacional no segundo trimestre de 2005, em relação ao mesmo período do ano passado, contribuiu para fazer da companhia uma exportadora líquida de petróleo e derivados. A empresa registrou no segundo trimestre de 2005 uma exportação líquida de 148 mil barris/dia, comparado a uma importação líquida de 100 mil barris/dia no mesmo período do ano anterior, o que gerou um superávit comercial de US$ 900 milhões.

O consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), previa um lucro de R$ 6 bilhões no segundo trimestre para a Petrobras. Ele atribui o bom resultado da empresa ao aumento da produção de petróleo da empresa e à desvalorização do dólar. Com a entrada em produção das plataformas P-43 e P-48, entre 2004 e o primeiro trimestre deste ano, a companhia conseguiu aumentar a média de produção de petróleo no país para cerca de 1,7 milhão de barris por dia.

Além disso, o consultor lembrou que a desvalorização do dólar contribuiu para minimizar o impacto do represamento dos preços dos combustíveis, que não acompanharam a valorização das cotações do barril de petróleo. (Jornal do Brasil, 16/08)

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