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2005-08-17
Ventos de 140 quilômetros por hora, ondas de sete metros de altura, falta de luz, chuva e medo. Esse foi o saldo do temporal trazido por um ciclone extratropical que passou pelo Sul, afetando dezenas de cidades na costa de Santa Catarina. A força do vento destelhou casas, arrancou árvores, postes, orelhões, coberturas de postos de gasolina, placas de trânsito e de publicidade. No mar, o resultado foi a pior ressaca dos últimos quatro anos.

Mais violenta até do que a ocorrida durante a passagem do Catarina, o primeiro furacão da América do Sul, que atingiu o litoral catarinense e gaúcho no ano passado, e suspeita-se que seja reflexo das mudanças devido ao aquecimento global. A cena mais assustadora da semana passada ocorreu no Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis. As rajadas de vento arrastaram por cinco metros um Fokker 100, de 44 toneladas, que girou 45 graus na pista.

Dança do clima
Os vendavais foram provocados pela conjunção entre o ciclone, que estava sobre o oceano, e uma frente fria sobre o continente na região Sul. A diferença de pressão entre os dois sistemas explicaria a intensidade das rajadas. Os meteorologistas foram rápidos em distinguir o ciclone do furacão Catarina.

— Esse ciclone foi mais forte e ainda estamos tentando entender o que aconteceu -, disse Eloi Melo, supervisor do Laboratório de Hidráulica Marítima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Não há como comparar estatisticamente os dois fenômenos, já que, em março do ano passado, durante a passagem do Catarina, as bóias de medição do agito do mar estavam em manutenção.

Uma das hipóteses é que o ciclone da semana passada estaria associado a um corredor de ventos com 1.500 quilômetros de extensão que se formou no oceano e terminou na região Sul do País.

— Esses ciclones que giram no sentido anti-horário vêm do leste e se intensificam, causando todo esse estrago, disse Eloi Melo.

No centro de Florianópolis se instalou o caos. Árvores tombaram, semáforos pararam, as escolas da rede pública suspenderam as aulas noturnas e parte da avenida beira-mar ficou sem luz. Os pescadores foram orientados a permanecer em terra. Não há como estabelecer uma relação direta entre a dança do clima e o aquecimento global.

Um dos sintomas da mudança porém é a alteração na intensidade dos fenômenos naturais, com verões mais quentes, invernos mais frios e temporais intensos. Para um país que nunca sofreu a ameaça de catástrofes naturais, não há pior notícia. (Revista Istoé, 16/08)

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