Impasse sobre jazidas pode atrasar duplicação da BR-101
2005-08-17
Representantes das empresas que trabalham no projeto de duplicação da BR-101 Sul, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e proprietários de jazidas que fornecem aterro para a obra estiveram reunidos no Sul do Estado para tentar por fim a um impasse que pode atrasar o andamento da obra. As empreiteiras responsáveis pela duplicação reclamam que os donos de jazidas estão superfaturando o preço do produto Também há uma cobrança em função da demora da liberação ambiental para uso das jazidas que existem ao longo da rodovia.
— Vamos buscar informações em Brasília para saber o que está ocorrendo e provocando esta demora na liberação. Com relação ao custo, essa é uma questão comercial e já orientamos as empresas para que busquem um acordo -, argumentou o gerente de projetos do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes (DNIT), Emerson Salgado.
Segundo Salgado, o projeto inicial diz que a obra estaria pronta em três anos, mas se o ritmo continuar assim a duplicação vai levar mais de cinco anos.
— O governo federal quer agilidade na obra. Existe dinheiro, precisamos agora é intensificar os trabalhos -, fala. O deputado federal Jorge Boeira, que convocou o encontro, lembrou que os R$ 400 milhões encaminhados para a duplicação precisam ser usados até o final deste ano.
— Existe um acordo entre governo federal e Fundo Monetário Internacional (FMI) para a utilização de R$ 3 bilhões em infra-estrutura no Brasil. É R$ 1 bilhão ao ano. Em 2005, R$ 400 milhões foram destinados para a obra da BR-101. Se não utilizarmos esse dinheiro, ele será entregue ao FMI, não tem como recuperar -, ressalta. (A Notícia, 17/01)