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2005-08-16
Representantes de organizações não-governamentais e produtores rurais do sul do Amazonas entraram em conflito no dia 11/08, no final de um seminário realizado no auditório da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O seminário intitulado Estratégias para o combate ao desmatamento e promoção ao desenvolvimento sustentável no sul do Amazonas contou com a presença da ministra Marina Silva e do governador Eduardo Braga, entre outras autoridades. O evento foi promovido pela Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas e pela Associação Amazonense dos Municípios.

Nessa ocasião, foi divulgada, além de outras medidas, uma série de convênios entre o governo federal e o governo do Estado para o combate ao desmatamento e pela promoção do desenvolvimento sustentável no sul do Amazonas. Entre os decretos assinados, merece destaque a concessão de isenção de ICMS para a extração e a comercialização de produtos florestais (exceto madeira) para as pessoas físicas organizadas em cooperativas ou associações em todo o estado.

Mas o clima do evento não foi totalmente festivo. Durante seu discurso, Braga defendeu os produtores rurais do Sul do Amazonas, cobrando do governo federal um tratamento diferenciado. - Não se pode tratar desiguais de forma igual. O Amazonas não é só floresta primária. Temos campos, várzeas que devem ser produtivas. Assim como também não podemos confundir extrativismo, produção agrícola com desmatamento -, disse.

Durante a tarde, as organizações não-governamentais tiveram espaço para manifestar-se. Em seus discursos representando, respectivamente, o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e a Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, respectivamente, Adilson Vieira e Mario Menezes alertaram para a necessidade de proteção ambiental da região sul do Amazonas, e de seu cerrado florestal, contendo a expansão da cultura da soja. Contrariaram, desse modo, alguns produtores rurais da região que assistiam ao evento. Vieira afirmou que, ao retirar-se do recinto após terminar sua fala, foi retido por cerca de 12 representantes do grupo ruralista, entre os quais membros da Prefeitura do Município de Humaitá. De acordo com o mesmo, foi severamente insultado e chegou a ser fisicamente agredido, pelo qual dirigiu-se à delegacia mais próxima e registrou queixa contra seus supostos agressores. A equipe de reportagem do site procurou os membros da Prefeitura do Município de Humaitá citados, mas não conseguiu localizá-los nos telefones oficiais do órgão.

BR 319
Além de seu discurso em defesa dos ruralistas, Braga também surpreendeu os presentes ao introduzir na pauta do seminário a recuperação da BR-319. Neste momento, o governador aproveitou a oportunidade para divulgar e apresentar à Ministra um plano favorável à continuidade das obras da estrada: o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Promoção do Uso sustentável na área de influência da BR-319. A surpreendente apresentação de tal plano, somada ao tom do discurso do governador, gerou desconforto nos ambientalistas presentes, provocando até mesmo a retirada de autoridades do evento. No começo do mês, as obras de recuperação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, foram suspensas por ordem da Justiça Federal, com base na falta da apresentação do licenciamento ambiental. O Ministério dos Transportes, no entanto, alega que o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) tem base legal para continuar os trabalhos, uma vez que foi estabelecido um prazo de 360 dias (que só venceria em outubro) para que terminasse o processo. (Amazônia.org.br, 15/08)

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