Relatório do IAG destaca cadeia produtiva sustentável na Amazônia
2005-08-16
O conceito da sustentabilidade socioambiental se generalizou na sociedade e no Estado. Na Amazônia a questão toma nova dimensão com a aproximação de grandes empresas junto aos pequenos produtores, visando os negócios sustentáveis. Essa é uma avaliação do relatório Fomento às atividades produtivas sustentáveis na Amazônia, elaborado pelo Grupo Consultivo Internacional (IAG) do Programa Piloto das Florestas Tropicias, apresentado nesta sexta-feira (12/08), em Brasília. O documento também aponta uma condições importantes para que uma cadeia produtiva com base na biodiversidade se torne sustentável.
O relatório faz uma análise do atual estágio do Programa Piloto na Amazônia, apontando tendências e desafios. Focaliza as experiências e o sucesso da iniciativa nas cadeias produtivas com o uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com a secretária da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Muriel Saragoussi, o relatório subsidiará planos governamentais, como o Amazônia Sustentável, de Comabte ao Desmatamento e o BR-163 Sustentável. — São três grandes planos que que trabalham a questão do fomento a atividades sustentáveis, com crédito, assistência técnica, ciência, tecnologia e inovação. O IAG nos ajuda a enxergar melhor o quadro geral-, disse.
O potencial dos serviços ambientais dos ecossistemas amazônicos é um outro ponto destacado no relatório, que mostra a velocidade e o crescimento dos mercados globais. O texto chama a atenção para a crescente valorização desses serviços. Para o IAG, o Proambiente, do Ministério do Meio Ambiente, representa uma iniciativa de grande potencial, capaz de ligar produtores familiares com as questões globais.
O relatório também faz análises e recomendações sobre segurança fundiária, inclusão social das populações tradicionais, planos de negócios sustentáveis, planejamento estratégico para a área de ciência, tecnologia e inovação voltados para produtos e serviços ambientais da biodiversidade e das populações locais, oferecendo modelo alternativo às atividades não-sustentáveis de desenvolvimento regional que mantenha a floresta em pé. (MMA, 15/8)