Usinas do Rio Jordão ampliam em 240 MW a capacidade da Copel
2005-08-16
A primeira turbina de 60 MW da Usina Santa Clara, empreendimento do complexo energético do Rio Jordão, no Paraná, começou a gerar energia comercialmente em 31 de julho e a segunda, também de 60 MW e em fase de testes, deverá entrar em operação até o final de agosto. A inauguração oficial da mais nova usina paranaense localizada no centro-sul do estado, entre os municípios de Pinhão e Condói, está prevista para acontecer em setembro. Com mais esta unidade, a qual vai se somar a outra usina do complexo, a de Fundão, localizada 12 km rio abaixo e que deverá ficar pronta em 2006, a Copel - Companhia Paranaense de Energia vai somar mais 240 megawatts na sua capacidade de geração atual de 4,5 mil MW.
O investimento total no conjunto de usinas é de R$ 480 milhões e a concessão dos aproveitamentos é da Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão, empresa controlada pelo Governo do Estado do Paraná, através da Copel, que detém 70% do seu capital. As duas usinas possuem potência suficiente para atender uma cidade com 600 mil habitantes.
Para poder construir as usinas, foram executados pela empresa 33 programas sociais e ambientais na área do reservatório que possui 20 quilômetros quadrados de superfície, acumulando 431 milhões de metros cúbicos de água. Este complexo de usinas é a maior obra individual da administração Roberto Requião e, depois dele, não há ainda previsão de início de construção de novas usinas porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda não promoveu a licitação dos 17 projetos de geração que está estudando, dos quais quatro estão localizdos no Paraná.
O consumo de energia elétrica no mercado atendido pela empresa paranaense somou 9,19 milhões de Mwh (megawatts-hora) no primeiro semestre, registrando um crescimento de 3,9% sobre os 8,85 milhões de Mwh demandados no mesmo período de 2004.
O setor que apresentou maior elevação proporcional na demanda foi o comercial, com 8%. A categoria rural teve elevação de 6,3%, a residencial 4,4% e o segmento industrial 1,6%. — Esses números apontam para uma retomada dos índices históricos de crescimento do consumo estadual de eletricidade num futuro bem próximo-, avalia o presidente da Copel, Rubens Ghilardi.
— O mercado paranaense mostra estar em franca atividade, impulsionado por uma série de iniciativas e programas do governo que fomentam a atividade industrial e a expansão do comércio -, diz. (Gazeta Mercantil, 15/08)