Os quilombolas de Morro Alto, em Maquiné, continuam mobilizados para tentar reverter a decisão da 3° Turma do Tribunal Regional Federal da 4° Região, que suspendeu, por unanimidade, os efeitos da portaria que reconhecia a região como remanescente de quilombo. Ontem, em reunião no Incra, ficou acertado que a advocacia-geral da União, o Ministério Público Federal tomarão todas as medidas cabíveis para cassar a decisão.

Segundo o presidente da Associação Comunitária Rosa Osório Marques, do quilombo de Morro Alto, Wilson Marques da Rosa, a reunião buscou reforçar o direito da comunidade negra. — Temos um testamento de 1887, deixado então pela proprietária das terras para seus escravos. Além disso, na época já existia um quilombo de resistência no local, disse. Ele calcula que a área atinja 15 mil hectares e abrigue 300 famílias. (CP, 16/8)