Secretário comenta segundo módulo do Pró-Guaíba
2005-08-15
Em artigo publicado no Jornal Correio do Povo, o secretário estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta, comenta sobre o lançamento feito pelo governador Germano Rigotto do segundo módulo do Pró-Guaíba,. Segundo ele, vai ao encontro do desejo e das expectativas de uma parcela significativa do povo gaúcho, para quem o programa é de uma essencialidade exemplar. Criado com a intenção de promover o desenvolvimento ecologicamente sustentável, o programa foi concebido em 1989, com uma duração de 20 anos, atendendo toda a grande região hidrográfica do Guaíba, com 84.763,54 km2, abrangendo mais de 251 municípios em 30% do território gaúcho, onde vivem mais de 6 milhões de habitantes. Toda essa região referida é formada por nove bacias hidrográficas e responde por mais de 70% do PIB do Rio Grande do Sul. É considerado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), seu principal financiador, como um programa ambiental completo, pois não trabalha apenas com as conseqüências da poluição, mas, significativamente, também com as suas causas. Entendeu o governo que era preciso tomar uma posição, clara, otimizadora, escudado nos anseios de lideranças políticas e da sociedade civil organizada, para manter um programa que representa uma conquista em favor do meio ambiente e de seu desenvolvimento sustentável.
O Módulo II do Pró-Guaíba prevê investimentos de maior importância que poderá se sustentar pela utilização da venda de créditos de carbono, mecanismo nascido no bojo do Protocolo de Kyoto, bem como estudos já apontam para a possibilidade de os recursos serem provenientes das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e, também, de financiamentos obtidos por municípios, entre os 251, com capacidade de endividamento. Devemos levar em conta, também, a excelência de nossas empresas estatais e suas qualificações como um somatório de possibilidades. O Pró-Guaíba, por tudo que representa, é uma parceria em defesa da vida. Sua manutenção e a observância de seus valores sociais bem demonstram a exigência de uma sociedade organizada, responsável em relação ao meio ambiente, à qualidade de vida e, seguramente, comprometida com as gerações do presente e do futuro.
A responsabilidade do governo está consubstanciada na assertiva da decisão, uma vez que estimula ações e está aberto ao diálogo, pois tem plena consciência de que a causa do meio ambiente é coletiva e participativa e está alicerçada na ética cidadã, que move o Estado ao encontro de seu grande destino. (CP, 13/08)