Rumores sobre falta de espaço para lixo na Califórnia são exagerados
2005-08-15
Trabalhadores que operam no aterro de resíduos do condado de Prange, na Califórnia, conseguem compactar tão bem o lixo que ainda sobra espaço para a colocação de mais dejetos no local.–É surpreendente, afirma o diretor da agência de tratamento de resíduos do condado, Mike Giancola.
O método adotado no local é parte de um programa de produtividade que envolve os negociadores de resíduos, os consumidores que geram esse material e mesmo as municipalidades, que assim podem economizar bilhões de dólares por ano. Os operadores de aterros estão conseguindo armazenar mais do que o esperado em valas gigantes forradas com plástico, mantendo assim os preços de disposição mais baixos e dispensando a construção de novas áreas de aterro.
O mais claro vencedor desse processo de melhoria é a cidade de Nova Iorque, que exporta 25 mil toneladas de lixo por dia para outras cidades, sendo uma das maiores consumidoras da indústria de resíduos. Outra questão que mudou no perfil dos aterros é que eles cresceram em número, tornando-se regionalizados, embora com menor capacidade que os de grandes centros. Isto praticamente derrubou a previsão, corrente nos anos 90, de que haveria escassez de espaço para dispor os resíduos a partir de anos vindouros.
No ano passado, a indústria de resíduos enviou aos aterros norte-americanos em torno de 330 milhões de toneladas de lixo, segundo informações do Solid Waste Digest, uma publicação comercial voltada ao preenchimento de algumas dessas valas de aterros. (NY Times, 12/8)