Alguns cientistas questionam se as atividades humanas que causam o aquecimento global são realmente ameaçadoras às condições atmosféricas. Agora, dois estudos independentes encontraram erros em cálculos complicados utilizados para gerar registros antigos de temperaturas, o que envolve a reavaliação de informações de milhares de balões climáticos utilizados para coletar dados ao redor do mundo e séries de satélites climáticos.

Um terceiro estudo mostra que quando os erros são levados em consideração, a troposfera torna-se mais quente. Além disto, a tendência de aquecimento é amplamente concordante com as temperaturas cada vez mais quentes que vêm sendo registradas e que confirmam as previsões em recentes modelos de computador. Os novos estudos foram publicados em edições online do jornal Science divulgadas na semana passada.

Os cientistas que desenvolveram os registros originais de temperaturas da troposfera a partir de dados de satélites, John R. Christy e Roy W. Spencer, da Universidade do Alabama em Huntsville, reconheceram ter havido erros nos cálculos, mas disseram que mesmo com os cálculos revisados, há a produção de um aquecimento, embora em taxa pequena para chegar a ser uma preocupação. –Nossa visão não se modificou, disse o Dr. Christy. –Ainda temos este modesto aquecimento, assinalou.

Mas outros especialistas em clima, no entanto, dizem que os novos estudos foram muito significativos, resolvendo, efetivamente, um quebra-cabeças que foi utilizado por oponentes do controle do aquecimento causado por gases de efeito estufa. Diversos cientistas envolvidos nos novos estudos disseram que o programa climático do governo, ao forçar todos os envolvidos a se encontraram cinco vezes, ajudaram nos novos achados. Asa temperaturas em milhares de locais ao redor da superfície terrestre têm sido medidas por gerações. Mas muito poucas dessas medidas têm sido feitas a partir da superfície através da troposfera, a qual se estende por cinco milhas. Até há pouco tempo, os Drs. Christy e Dr. Spencer eram os únicos cientistas que se debriçaram sobre vastos volumes de dados de satélites climáticos para verificar se eles poderiam indiretamente deduzir a temperatura de várias camadas da troposfera. (NY Times, 14/8)