A Sociedade Educacional do Vale do Itapocu (Sevita), que administra a Faculdade Metropolitana de Guaramirim (Fameg), instituição privada de ensino superior, vai patrocinar o Instituto Rã-Bubio para Conservação da Biodiversidade, organização não-governamental ambientalista sediada em Guaramirim, Santa Catarina. A ONG desenvolve projetos de educação ambiental para sensibilizar a população da região norte daquele estado sobre a importância de preservar as últimas áreas de Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos e ameaçados do mundo.
Além do apoio financeiro direto, no valor de R$ 120 mil, a Sevita/Fameg vai ajudar no fortalecimento institucional da ONG, disponibilizando seu setor administrativo e corpo docente, desenvolvendo um programa para atrair sócios contribuintes (pessoas físicas) e estimulando seus alunos a praticarem o voluntariado. A região de Jaraguá do Sul, uma das mais desenvolvidas em Santa Catarina, com muitas empresas nacionais de grande porte, é cortada pela Serra do Mar e apresenta ainda extensas áreas bem preservadas de mata Atlântica que abrigam uma fabulosa biodiversidade, com muitas espécies ameaçadas.
- A atitude da Sevita/Fameg de apoiar uma pequena ONG local é de extraordinária importância para a sociedade, é um gesto muito positivo na defesa de nossa biodiversidade, um valioso patrimônio nacional. É um exemplo para o Brasil, onde não é muito comum as empresas, sobretudo as pequenas, contribuírem de forma efetiva para a conservação da integridade dos ecossistemas; é uma esperança a mais para salvarmos a mata Atlântica -, afirma Germano Woehl Jr, dirigente do Instituto Rã-bugio.
O patrocínio será integralmente aplicado nos projetos do Instituto Rã-bugio, beneficiando diretamente a mata Atlântica e a comunidade, através de programas de educação ambiental nas escolas para valorizar a mata Atlântica com toda sua biodiversidade. A preservação dos remanescentes da mata Atlântica na Serra do Mar é crucial para o desenvolvimento região, uma vez que toda a região de manancial – a bacia do rio Itapocu – situa-se ali e o abastecimento de água já é considerado crítico no período de estiagem.
O Instituto Rã-bugio, que conta também com apoio da Fundação Avina, tem atuação na região com trabalho de educação ambiental no sentido da população valorizar a biodiversidade local e, conseqüentemente, se interessar pela conservação da natureza. A ONG também busca outras parcerias para criação de um Centro Interpretativo da Mata Atlântica (Cima), em área cedida pela prefeitura de Jaraguá do Sul recentemente. - Isso dará uma projeção extraordinária da imagem da nossa região, não só no Brasil como no exterior, uma vez que a Mata Atlântica, sobretudo nos domínios da Serra do Mar, é considerada uma das mais importantes do mundo devido a sua riqueza da biodiversidade. E a própria comunidade está reconhecendo e assumindo a responsabilidade em protegê-la -, completa Germano Woehl Jr. (Eco Agência, 11/08)