Quatro propriedades da localidade de Quarta Linha Nova, no interior de Santa Cruz, estão sendo recuperadas pelo projeto Pró-Guaíba. Fazem parte da fase de estruturação ambiental ações de eliminação de vossorocas, regulação da captação e do uso do solo e da água pluvial, de proteção a matas e capões, proteção de pequenos cursos da água, manejo do equilíbrio entre animais e recursos naturais, marcação de terraços, plantio direto e adubação verde. O objetivo é deixar a área nas condições mais adequadas ao uso do solo e à produção.

Outra etapa do projeto trata do uso efetivo da terra de uma forma mais adequada. Os trabalhos têm a parceria da Secretaria de Agricultura de Santa Cruz, da Emater/RS-Ascar, da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e do Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo). Para obter um resultado adequado de produtividade, é preciso que haja uma substancial melhora na fertilidade da terra, desgastada pelo uso histórico.

Segundo Vicente Puntel, da Emater, numa área de um hectare de solo é necessário produzir anualmente 12 toneladas de palha em cobertura, para melhorar a sua estrutura. Para isso, estão sendo executadas nas quatro propriedades selecionadas várias ações, como semeio de gramíneas que cumprem o papel de manto protetor contra a temperatura elevada do sol direto e as enxurradas. Essas gramíneas, que podem ser centeio, cevada ou outros cereais, são consorciadas ou intercaladas com leguminosas, que transferem nitrogênio da atmosfera para o solo, através da ação solar.

A fase de preparação do solo está sendo concluído nas propriedades de João Carlos Schwerz, Armindo Kist, Edmar Schmidt e dos irmãos Márcio e Décio Haas, que estão praticamente prontas para o plantio de verão. Além do fumo, as áreas deverão ser usadas intercaladamente com milho, feijão e outras culturas, plantas com exigências nutricionais diferenciadas. (Gazeta do Sul, 11/08)