Órgãos ambientais entram em alerta
2005-08-11
A situação está grave. Esse foi o anúncio feito pelo presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Edegard de Deus, ao fazer um apelo para que a população suspenda todo tipo de queimadas até que volte a chover novamente no Estado. Segundo ele, há 40 dias não há registros de chuva no Acre e a seca vem se agravando a cada dia. Na manhã de ontem, por exemplo, o rio Acre atingiu a cota mais baixa dos últimos 34 anos, com um nível de 1,90 metro.
Nesse sentido, ele disse que a queimada aliada à seca pode provocar um grande incêndio florestal e que isso pode trazer ainda diversos prejuízos, tanto materiais quanto para a saúde da população. - As pessoas precisam tomar consciência de que estamos atravessando um período bastante delicado. Até um fogo pequeno pode se tornar um grande incêndio, pois os ventos que predominam nessa época são capazes de levar o fogo para até cem metros de distância -, alertou o presidente. Visando amenizar as crises ambientais, o Imac, o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) se uniram para desencadear ações que atendam e protejam todo o eixo do Estado.
Segundo o superintendente do Ibama, Anselmo Forneck, um dos compromissos do órgão será o de fazer sobrevôos três vezes por semana em todos os municípios acreanos, inclusive em Lábrea e Boca do Acre, no Amazonas, com o intuito de controlar a incidência de queimadas. O controle será feito por uma equipe de fiscais do órgão e irá reforçar o trabalho de identificação de focos de queimadas já realizada por satélites. Na oportunidade, o diretor-presidente do Saerb, Gabriel Maia, disse que algumas medidas deverão partir da própria população. - Há a necessidade de uma mobilização social para reverter essa situação. A seca pode ser amenizada se as pessoas passarem a preservar os mananciais e a evitar o desperdício de água - , completou Durante reunião realizada na última segunda-feira entre os representantes dos três órgãos, foi acertada a implantação de algumas ações emergenciais para serem desencadeadas nos próximos dias.
Confira as ações
o A necessidade de uma ampla campanha de conscientização e orientação da população, tanto os moradores da área rural como urbana, sobre os perigos de realizar queimadas nesta época do ano.
o Intensificação da fiscalização por parte dos órgãos competentes.
o Trabalhar junto às associações de bairro, igrejas e escolas.
o Fomento a linhas de crédito voltadas para atividades sustentáveis, como os sistemas agroflorestais, manejo e recuperação de pastagens, a importância de se tratar dos temas ambientais no espaço escolar e acadêmico como forma de conscientização e incentivo a novos estudos.
o A urgência em alertar a população e os governantes para o perigo do fogo descontrolado, principalmente no mês de setembro. (Amazônia.org.br, 10/08)