Chefe da Floresta Nacional de Carajás afirma que incêndio atingiu vegetação florestal
2005-08-11
A chefe da Floresta Nacional (Flona) de Carajás, Viviane Lassman, esclareceu que o incêndio – que destruiu cerca de 200 hectares da unidade de conservação desde o último dia 31 – atingiu principalmente áreas de vegetação florestal. Ontem o analista ambiental da gerência executiva do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Marabá (PA), Ivan Borel, informou à Agência Brasil que o fogo estava concentrado em uma zona de campos altos, caracterizada pela vegetação de pequeno porte e pela presença de pedras arredondadas.
Viviane Lassman confirmou também a informação dada por Borel de que o incêndio está sob controle. — Não há mais linha de fogo em expansão, apenas madeiras que continuam queimando-, declarou ela. Quarenta homens do Corpo de Bombeiros, do Ibama e da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) ainda trabalham na operação de rescaldo e monitoramento da área atingida pelo fogo. Das duas aeronaves utilizadas para controlar o incêndio, uma já está sendo deslocada para outra região. Viviane contou que hoje cedo houve um sobrevôo para medir com precisão a área queimada, mas afirmou que ainda não dispunha das informações coletadas pelos técnicos.
Os peritos que investigarão as causas da queimada não chegaram à região. Esse é o oitavo foco de incêndio na Flona Carajás, apenas neste ano. — É uma unidade muito antropizada [modificada pela ação humana], principalmente por causa da mineração. Mas os outros focos foram rapidamente controlados e não causaram grandes estragos-, explicou Lassman.
A Flona Carajás tem 411,9 mil hectares. Quando foi criada, em 1998, a concessão para atividades de pesquisa e lavra mineral que a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) já realizava na área foi então mantida. A empresa distribuiu ontem uma nota de esclarecimento informando que na área atingida pelo incêndio não há quaisquer atividades de mineração. (Agência Brasil, 10/8)