Seca e altas temperaturas causam invasão de medusas em praias espanholas
2005-08-11
Milhares de pessoas que diariamente tentam se refugiar do calor em praias espanholas do Mar Mediterrâneo estão se encontrando com um inimigo: as medusas. A cada dia que passa, os salva-vidas das praias de Levante, Andaluzia e Catalunha atendem a milhares de pessoas por picadas desses animais. Em muitos lugares, as autoridades já desaconselharam o banho. Conforme especialistas, o que está acontecendo é efeito da seca e das elevadas temperaturas.
Somente na Catalunha, a alta presença de medusas no mar vem obrigando os socorristas a usarem a bandeira de alerta aos banhistas, a qual aconselha precaução em pelo menos 18 praias, segundo fontes da Cruz Vermelha. O porta-voz dos salva-vidas desta instituição que atua na zona assinala que, neste verão, duplicarm-se as atenções aos banhistas por causa das picadas desses animais. Conforme explicou, já foram atendidas 8.337 pessoas devido a este problema, somente na Catalunha mais que o dobro do anos passado na mesma época.
Uma situação parecida acontece nas praias de Levante. Em Alicante, por exemplo, os socorristas atendem uma média de cinco a seis banhistas por picadas de medusa em cada praia, todos os dias. Trata-se dev uma praga que, conforme eles, é prtaicamente impossível de controlar. –Quando estão localizadas numa determiunada área , cuidamos para que as pessoas evitem o banho, mas isto nem sempre é possível, afirmam fontes da Cruz Vermelha. Em diversas praias de Málaga, Alicante, Valencia e Cádiz há bandeira de alerta, a fim de evitar que os banhistas sejam afetados pelas medusas. Em dois quilômetros da costa de El Palo e Pedregalejo, em Málaga, a Cruz Vermelha atendeu 105 pessoas, tendo sido registrados outras 500 vítimas em Marbella, Benalmádena e Torremolinos. Conforme a Associação Hoteleira de Granada, a praga trouxe uma redução de 60% na ocupação dos hotéis, nos primeiros dias de agosto. –As pessoas ligam para perguntar sobre a presença de medusas, e se a resposta é sim, cancelam a visita, assinala o diretor da associação, Rafael Lamela. (El Mundo, 10/8)