Mais uma vez no déficit hídrico preocupa os arrozeiros gaúchos. Faltando pouco mais de um mês para o início da safra, as barragens das principais regiões produtoras do estado estão com níveis de água abaixo do normal. Apenas na fronteira oeste, que responde por 30% do arroz gaúcho, as chuvas foram suficientes para que os reservatórios se normalizassem. Com os baixos preços do grão e a expectativa de que a água para irrigação da safra não seja suficiente, há quem acredite em redução de até 20% de área. Em 2004, a estiagem em agosto chegou a provocar temores de que a superfície cultivada caísse 30% sobretudo na fronteira oeste. No entanto, as chuvas animaram os gaúchos, que mantiveram a área de arroz (1 milhão de hectares). Em regiões banhadas pela Laguna dos Patos, a seca faz com que as águas se salinizem, impedindo o plantio do grão.

- Ainda estamos esperando as chuvas de São Miguel -, diz Francisco Schardong, presidente da Comissão de Arroz da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), referindo-se às precipitações que ocorrem até o fim de setembro. O plantio começa no mês que vem e, segundo o 8° Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas devem se normalizar. (GM, 10/08)