Entulho da construção em Porto Alegre pode ser reaproveitado
2005-08-10
A Câmara dos Vereadores de Porto Alegre discutiu ontem a destinação final do entulho gerado pela construção civil da Capital. Atualmente existem dois aterros de materiais inertes em operação na Capital: um na rua João Paris, na Zona Norte da Capital e que já está excedendo seu limite, e outro no bairro Serraria, na Zona Sul. Nenhum deles está capacitado com espaço suficiente para realizar a separação dos resíduos - o que permitiria o reaproveitamento do material dispensado em novas construções, como para asfalto ou casas populares.
A Capital produz, diariamente, mil toneladas diárias de entulho geradas tanto por obras públicas quanto as particulares. O secretário Municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, anunciou que um novo aterro entrará em operação na Zona Norte na próxima semana, em um terreno ocupado pelas Máquinas Condor na proximidade do Aeroporto Internacional Salgado Filho. — Este já terá um espaço destinado à separação. Com o aproveitamento do material, poderemos reduzir até metade do volume de resíduo do aterro, aumentando assim sua vida útil-, explicou. Mais uma área na saída da Capital, na proximidade da freeway, está sendo estudada.
Os convidados da reunião, organizada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), também pediram um maior envolvimento do Sinduscon-RS na separação dos resíduos.
— O responsável pelo recolhimento é o gerador do material. Encontramos resíduos jogados em arroios e praças-, afirmou Moesch. O vice-presidente do Sinduscon-RS, Paulo Garcia, afirmou que as construtoras estão prontas para realizar a separação do material a qualquer momento. — Queremos colaborar, mas pedimos criação de um instrumento definitivo. Por exemplo um plano de gerenciamento de resíduos sólidos-, disse. Ele ainda acrescenta que as empresas particulares geram cerca de 20% dos resíduos totais - os demais são de obras públicas, como a Terceira Perimetral e o Conduto Álvaro Chaves. (JC, 10/8)