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2005-08-09
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS), Jarbas Barbosa, disse hoje (08/08), que o levantamento em 689 sítios contaminados no Brasil mostra uma situação delicada. Mas, segundo ele, esse problema tem sido tratado com firmeza, de maneira preventiva e de modo descentralizado pelo governo federal. Ele participou hoje da abertura do seminário Vigilância em Saúde de Populações sob Risco de Exposição a Áreas com Solo Contaminado. O evento acontece em Brasília até quarta-feira (10/08).

— Nós já estamos desde 2003 investindo num processo de capacitação e treinamento de pessoal, e agora vamos fazer um treinamento utilizando tecnologia de educação à distância para que possamos formar, em todas as grandes cidades brasileiras e em todos os estados, pessoas com capacidade técnica para estabelecer riscos e propor medidas que evitem aqueles riscos -, afirmou.

Sobre o levantamento do ministério, Barbosa explicou que existem as mais diversas situações, algumas de baixo e outras de alto risco para a população. Ele afirma que os casos de contaminação do solo vão desde um posto de gasolina, com armazenagem inadequada de combustível subterrâneo, até situações mais antigas e graves como, por exemplo, em Santo Amaro da Purificação (BA), — que tem uma contaminação muito grande por vários tipos de metais resultante da atividade industrial que ali era exercida.

De acordo com o secretário, o trabalho da Saúde se propõe, em primeiro lugar, a fazer e atualizar essa listagem e, em segundo lugar, realizar um levantamento rigoroso de populações expostas ao risco, além de monitorar a saúde dessas populações.

— Em terceiro lugar, queremos adotar medidas que impeçam a continuidade dessas contaminações, como remediação do solo e contenção, para que novas populações não sejam expostas a ele -, aponta.

Barbosa avalia que — o trabalho de concessão de licença para atividades que são perigosas precisa ser feita com cuidado. Pois, segundo ele, as prefeituras têm que levar em conta que desenvolvimento econômico é positivo, mas, deve ser realizado sem sacrificar as medidas que podem prevenir o risco que as pessoas vão ser submetidas posteriormente.

Nesse sentido, Barbosa afirma que o trabalho descentralizado é uma das metas da Secretaria de Vigilância em Saúde.

— O trabalho tem que ser descentralizado porque, em um país com a dimensão e diversidade do Brasil, o desafio é dotar os estados e municípios de capacidade para fazer essa atividade, conclui. (Radiobras, 08/08)

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