(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-08-08
Em carta assinada dia 01, as organizações e redes sociais Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, Fórum Carajás, Amigos da Terra, Associação de Combate aos POP’s (ACPO), Fase, Brasil Sustentável e Democrático, Associação Caeté Cultura e Natureza, Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias e Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) mostraram publicamente apoio à presidência e ministérios do interior e meio ambiente equatorianos.

O que está em xeque é a licença dada à Petrobras para abrir um poço de petróleo e construir um oleoduto no Bloco 31 do Parque Nacional Yasuni, território indígena do povo Huaorani. Diante da mobilização indígena contrária à exploração petrolífera na área, o governo equatoriano decidiu criar uma comissão para avaliar o impacto desse tipo de exploração. Outras empresas petroleiras atuam na região, e os danos causados às diversidades humana e biológica são muito grandes, conforme detectou uma missão internacional que visitou a área em agosto de 2004. Essa missão foi composta por organismos equatorianos e internacionais, incluindo representantes brasileiros (RBJA), que passaram a denunciar o duplo padrão da atuação da Petrobras ao explorar petróleo em um Parque Nacional e território indígena no Equador, o que no Brasil não é permitido. A carta brasileira é também a subscrição à carta aberta divulgada dia 12 de julho pelo povo Huaorani, em ato público que teve repercussão internacional. Nela, as/os Huaorani afirmam: - Nos acordos que assinamos com outras indústrias, como a Repsol-YPF, as coisas foram mal para nós. Todo o nosso dinheiro é gerenciado por companhias, como Entrix, que estão enriquecendo. Eles usam nossos fundos para nos dividir, criando e mantendo um sistema de dependência que coloca as vidas dos Huaorani em perigo. Calejada pela experiência de exploração e falta de autonomia provocada pela entrada de empresas petrolíferas em seu território, a nação indígena luta para manter o único lugar que lhe resta.

Acordos que previam investimentos da Petrobras em educação e saúde dos indígenas foram rompidos, e o governo tem sido solicitado a cumprir sua responsabilidade nas áreas, para que os indígenas não tenham que depender do dinheiro das petroleiras. Essa ruptura foi causada principalmente pelas reivindicações das mulheres, que querem manter suas famílias longe da fome, alcoolismo e prostituição que advém da exploração de petróleo, já que as/os indígenas tendem a se mudar para as estradas abertas pelas petroleiras, ficando vulneráveis a exploração e contaminação. Além das/os Huaorani, há no território Quíchuas, Tagaeri e Taronani. Os dois últimos povos são isolados espontaneamente, não tendo contato com os brancos. Todos dependem inteiramente das riquezas naturais do seu território, e sua sobrevivência está ameaçada junto com ele.

Na carta aberta pela autodeterminação dos Huaorani e contra a Petrobras no Bloco 31, há uma lista de reivindicações que inclui a moratória de dez anos da exploração de petróleo em territórios indígenas, posto que o governo do país depende dos royalties do mineral para pagar a dívida externa. Além disso, solicitam que Lula, o presidente do Brasil, tire a Petrobras do Parque Nacional Yasuni e do território Huaorani. A sociedade civil brasileira se responsabiliza no sentido de impedir que uma estatal do nosso país cometa um crime social e ecológico num país de legislação mais frágil que a nossa, exigindo que os critérios utilizados aqui sejam os mesmos em todo o mundo. (Amazônia.org.br, 05/08)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -