A revisão do sistema de trânsito em Porto Alegre, com a busca de alternativas para a Estação Rodoviária, é a solução capaz de resolver o problema de poluição naquela área. Essa é a avaliação do diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Cláudio Dilda. Segundo ele, a solução inclui também a gradativa melhoria nos combustíveis utilizados em automóveis e ônibus.

Na semana passada a Fepam oficiou todos os órgãos (municipais e estaduais) envolvidos com o problema e que incluem as áreas de saúde, meio ambiente e transporte. A fundação também solicitou à administração da Estação Rodoviária que exigisse o desligamento dos motores dos ônibus, durante os períodos de embarque e desembarque de passageiros. As medidas foram tomadas depois que, na quinta-feira, a qualidade do ar medida pela Estação de Monitoramento Automático da Fepam no Largo Edgar Koetz (no entorno da Rodoviária) foi identificada como inadequada, com aumento na concentração de poluentes atmosféricos. É a quarta vez desde maio que a qualidade do ar fica inadequada na região. A situação voltou à normalidade, com a mudança de tempo, mas o alerta emitido pela Fepam na quinta-feira não descarta a possibilidade de aumento na concentração de poluentes atmosféricos, o que causaria um episódio crítico da poluição do ar. Conforme destacado no alerta, Porto Alegre não tem ainda Plano de Emergência para Episódios Críticos de Poluição do Ar, que prevê providências necessárias no caso de ocorrências desse tipo e define as competências dos órgãos e da comunidade em geral.

A Fepam propõe que, até 16 de setembro (Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio), sejam anunciadas medidas que possam minimizar o problema. Conforme Dilda, o grupo de trabalho formado quando da ocorrência dos episódios de qualidade inadequada do ar em 2004 continua em atividade. (CP, 08/08)