Maranhão terá programa de incentivo ao plantio de cana-de-açúcar para geração de energia
2005-08-08
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues,
participa nesta segunda-feira (8/8), em São Luiz, do lançamento do
Programa de Bio-Energia do Maranhão. A solenidade será às 16 horas, no
Palácio dos Leões.
A iniciativa visa a incentivar pequenos, médios e grandes produtores de todo
o país, especialmente do Nordeste e Centro-Sul, a investirem no plantio de
cana-de-açúcar para a produção de álcool, açúcar e biocombustível.
A meta é construir 20 usinas em cinco anos e, com isso, aumentar em até 15%
a produção de álcool no Brasil. Atualmente, o Maranhão conta com seis usinas
de álcool, das quais duas foram reativadas este ano a partir do interesse de
produtores na competitividade do estado.
Entre as vantagens comparativas a serem divulgadas pelo Programa de Bio
Energia estão o preço da terra, produtividade, potencial de exportação do
estado e bom índice de chuvas. De acordo com o governador, o hectare no
Maranhão custa US$ 80,00, enquanto em Ribeirão Preto (SP), por exemplo, não
sai por menos de US$ 5 mil. A produtividade em algumas áreas do estado
supera a do município paulista, chegando a sete cortes por planta.
Além disso, o Porto de Itaqui é o segundo maior do mundo em calagem, atrás
apenas do Porto de Roterdã, na Holanda. No Brasil, navios com capacidade
superior a 360 mil toneladas só podem atracar no Porto de Itaqui. O Maranhão
tem ainda a cobertura da Ferrovia dos Carajás a oeste e ao sul e da
Companhia Ferroviária do Nordeste na parte leste e central em direção ao
porto.
O governador do Estado, José Reinaldo diz que ao atrair a cadeia produtiva de álcool para a
região, a intenção do governo é também melhorar o IDH - Índice de
Desenvolvimento Humano do estado, considerado o pior do Brasil. — Dos 20
municípios brasileiros que registram os piores índices, 18 estão no
Maranhão-, informou. A expectativa é de que o programa contribua para a
geração de 400 mil empregos diretos e indiretos, com investimentos da ordem
de US$ 1 bilhão. (Radiobrás, 06/08/2005)