Rio Grande do Sul terá convênios para licenciamento integrado da avicultura e suinocultura
2005-08-08
— O agronegócio é o grande motor do desenvolvimento da economia nacional, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Mauro Sparta, na sexta-feira (05/08), no Hotel Plaza São Rafael, durante encontro promovido pelas entidades que congregam as cadeias produtivas da suinocultura e da avicultura. Já o secretário da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein, destacou que a presença dos representantes dos dois órgãos do Governo demonstrava o fim da visão maniqueísta de confronto entre o bem e o mal envolvendo ambientalistas e produtores rurais.
A estas duas manifestações veio somar-se o depoimento do diretor-presidente da Fepam, Claudio Dilda, garantindo que estamos vivendo um momento histórico na relação. O licenciamento ambiental torna-se um instrumento da gestão ambiental e juntos construiremos soluções que são o somatório da interatividade de todos os agentes envolvidos no processo.
A assinatura de convênios com a Fepam para o licenciamento integrado por cadeia produtiva com a Fepam constitui uma iniciativa pioneira no Brasil. Ela vai permitir o up grade das duas atividades, ampliando a competitividade na disputa de mercados cada vez mais exigentes, segundo as direções da Asgav (Associação Gaúcha de Avicultura), Sipargs (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do RS), Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do RS), Asbips (Associação Sul-Brasileira das Indústrias de Produtos Suínos) e Sips (Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS).
CORRESPONSABILIDADE
Além de possibilitar mais rapidez no processo de licenciamento ambiental, haverá progressiva recuperação de passivos ambientais por meio da adesão a Termo de Compromisso Ambiental (TCA). Segujndo Dilda estamos modificando uma cultura de décadas por meio da corresponsabilidade cidadã. O próximo passo é a constituição de equipe multidisciplinar interinstitucional para definir a operacionalização da nova sistemática.
Em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria, a suinocultura e a avicultura já começaram o processo de georreferenciamento das propriedades. O diretor executivo do SIPS, Rogério Kerber, afirma que o programa é desenvolvido com três objetivos: permitir a coleta de informações em tempo real, o que facilita o sistema de defesa sanitária; fornecer dados para o licenciamento ambiental e integrá-los a projetos de gestão em cadeia.
AGRONEGÓCIO
A suinocultura é o segundo maior setor em importância para o agronegócio, considerado o valor bruto da produção, pela agregação de valor que representa. Com 8.500 suinocultores integrados, o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor brasileiro, perdendo apenas para Santa Catarina. Abateu, no ano passado, 4,75 milhões de cabeças e sua produção totalizou cerca de 660 mil toneladas, com a exportação de 120 mil toneladas. O estado é o terceiro maior exportador de frangos do País e existem 4 mil propriedades avícolas. (Fepam, 5/8)