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2005-08-08
A reivindicação do setor produtivo mato-grossense para retirada do Estado da Região Amazônica ganha um aval técnico importante do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que elaborou um novo Mapa de Vegetação do Brasil.

Prestes a ser publicado pela Presidência da República, o novo mapa altera a denominação de biomas em algumas regiões do País. Mato Grosso, cujo território é considerado um dos nove Estados da Amazônia Legal, passa a ter cerca de 15% da área total como área de floresta densa. A região da Amazônia Legal foi criada pela Lei 5.173 de 1966 e ampliada em 1977 pela Lei Complementar 31.

Pelos parâmetros atuais, como Amazônia Legal, Mato Grosso tem que preservar 80% das áreas de floresta e 35% do cerrado. Isto significa que, em 65% do território de Mato Grosso, não mais do que 20% da área de floresta podem ser exploradas. Com a nova definição da vegetação no Estado, continuam sendo considerados Floresta Amazônica os Municípios de Rondolândia, Apiacás e parte de Alta Floresta, Juruena e Juína, Nova Bandeirantes e Cotriguaçu.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, o mapa vai permitir o posicionamento do território do Estado com bases científicas. — Nós queremos, justamente, aquilo que, do ponto de vista do ecossistema, seja Amazônia Legal, onde isto estiver determinado, vai ser ali. Pode ser até Mato Grosso inteiro, sem considerar se está no Paralelo ou não. Não podemos mais travar a discussão ambiental com componente ideológico, nem sob a ótica ambiental nem do produtor rural. A discussão tem que ser embasada em critérios científicos e quando isto acontecer todos nós temos que nos curvar à ciência-, disse Homero.

Os produtores rurais que conversaram por quase duas horas com a ministra Marina Silva, no Primeiro Fórum Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, nesta quinta-feira (04.08) aguardam agora uma posição do Governo Federal em adotar o mapa do IBGE para a redefinição dos percentuais de exploração do Estado. Até o momento, Mato Grosso sofre os reflexos negativos gerados pela pressão internacional em relação à preservação da Floresta Amazônica.

A Região Norte, uma das mais visadas pelas críticas dos ambientalistas, de acordo com o IBGE, está numa área de floresta estacional, ou seja, com menor densidade, e não de mata densa. — Isso não quer dizer que a região não seja área de floresta, mas o estudo do IBGE permite que um grau maior de exploração, dependendo dos índices de exploração que venham a ser estabelecidos-, considera o técnico da Famato, Joany Marcelo Arantes.(Com informações do Governo do Estado do Mato Grosso)

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