Estudo vai definir área de floresta e cerrado em MT
2005-08-05
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre os biomas no Brasil irá apontar quais são as regiões de floresta amazônica e de cerrado em Mato Grosso. A informação foi passada pela ministra do Meio Ambiente Marina Silva a produtores rurais e representantes das indústrias do Estado, durante reunião realizada, nesta quinta-feira (4/8), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. O encontro foi realizado após a abertura do 1º Fórum Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
Uma das discussões levantadas pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) na reunião foi sobre a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal. — Queremos trazer a ciência para essa discussão, para não ter nenhum tipo de embate ideológico, nem na ótica dos produtores, nem na ótica dos ambientalistas, afirmou o presidente da Famato, Homero Pereira. Para isto, segundo o presidente, o estudo realizado pelo IBGE trará clareza para esta proposta. — Vai mostrar claramente em Mato Grosso o que é floresta amazônica e o que é cerrado-, informou.
Segundo as informações passadas aos produtores, o estudo já foi concluído e encaminhado para presidência da República. —Nós nos curvamos aos argumentos científicos, já está na presidência para ser publicado o novo mapa de biomas do Brasil, onde estaremos enquadrados-, disse o presidente da Famato.
Os produtores rurais trataram com a ministra sobre a compensação de reserva legal, por área de preservação permanente e sobre a Medida Provisória 2166, que em 1996 elevou a área de preservação em florestas de 50% para 80%. O presidente da Famato considerou a reunião produtiva. —Nós colocamos os problemas que queremos discutir, a ministra disse que discussão será tratada dentro do pacto federativo que será firmado com o Governo de Mato Grosso-, informou.
Os representantes dos industriais do setor madeireiro pediram à ministra a simplificação das autorizações dos projetos de manejo, para minimizar os problemas enfrentados pelo setor. — Hoje a saída dos projetos de manejos, que dão origem a matéria-prima, está parada porque o Ibama não tem analista, engenheiro e procurador para analisar os processos, informou o presidente da Fiemt, Nereu Pasini. — Queremos que seja simplificado, autorizado em caráter precário para que seja feita a vistoria posterior-, disse. Segundo Pasini, a ministra informou que irá analisar todos os pedidos.