Bombeiros trabalham na extinção de grande incêndio em Navarra
2005-08-05
Um incêndio de grandes dimensões afeta - desde o meio-dia de quinta-feira (4/8) - a ladeira norte do monte de San Cristóbal, perto da cidade espanhola de Pamplona. O fogo não está controlado e causa danos na superfície arborizada, principalmente de pinus, do município de Ezcabarte. O conselheiro de Presidência, Justiça e Interior do governo de Navarra, Javier Caballero, assegura que o incêndio é grave e informou que foram enviados à região três helicópteros do Executivo, três aviões, dois deles com base em Agoncillo (La Rioja), e dois hidroaviões com base em Zaragoza.
Além disto, foram ativadas lotações dos corpos de bombeiros de Pamplona, Miluce, Sangüesa, Estella, Peralta e Tafalla, 14 caminhões autobombas, 65 bombeiros com seis viaturas, 37 agentes de Polícia do Foro local, vários efetivos do Departamento de Meio Ambiente, quatro escavadeiras e 35 guardas civis, assim como dois oficiais com 30 soldados do quartel militar de Anzoáin. Os trabalhos também contam com outras instituições de defesa civil de Pamplona e Navarra, que enviaram ambulâncias ao local.
Durante a tarde de quinta-feira (4/8), o fogo foi combatido para salvaguardar uma grande área florestal considerada de significativo valo ecológico existente no monte de San Cristóbal. Segundo informações do conselheiro Caballero, o incêndio assumiu a forma de um triângulo na ladeira norte, com vértice acima e limites em Unzu e Garrués, localidade onde tiveram que ser desalojadas sete pessoas. Para possibilitar que os meios antiincêndio possam trabalhar com maior eficácia, a Policia Foral interrompeu o tráfico de caminhões nas regiões agrícolas ao norte do monte Ezcaba e interditou a piscina municipal de Berrioplano, para que os meios aéreos pudessem operar a parir desse ponto de água.
Por volta das 14h45min (horário local), as autoridades decretaram nível de alerta 1 para o incêndio, assinalando que, apesar disto, poderiam contar com a utilização dos dispositivos da Administração da Comunidade Foral, os quais incluem a colaboração dos meios aéreos, tanto de Agoncillo como de Zaragoza,de modo que, segundo Caballero, não foram necessários meios suplementres.
Quanto às possíveis causas do incêndio, o conselheiro ressaltou que qualquer avaliação ainda é prematura, mas parecem estar relacionadas a cultivos limítrofes à área. Em razão dos fortes ventos ao norte, as chamas espalharam-se rapidamente para a zona agrícola lindeira ao monte de San Cristóbal, até instalarem-se na área florestal, de acesso muito difícil por terra. No cume do monte, está o monumento protegido do Forte de San Cristóbal.
O conselheiro informou a existência de um membro da Brigada Ecológica da Polícia Foral ferido levemente ao cair de sua motocicleta quando trabalhava na extinção das chamas. O tráfico, nessa zona, foi controlado por precaução, especialmente em Oricain, a fim de não haver interferências na mobilidade dos meios de controle e extinção do fogo. Esse mesmo monte sofreu outro grande incêndio no verão de 2000, quando arderam cerca de 90 hectares na sua ladeira sul. O sinistro registra-se três dias depois de outro incêndio que calcinou durante horas 110 hectares de área da zona do Carrascal, onde também foi difícil de controlar o fogo. (Fonte: El Mundo, 4/8)