O pagamento dos usuários pelo uso da água voltou a ser defendido ontem por especialistas da área de saneamento e meio ambiente, durante o Seminário sobre Tecnologias Limpas, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

O direto da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) Eduardo Mannis Torres, defendeu a cobrança como maneira de evitar o desperdício que vem ocorrendo no país. Torres lembrou que o Estado, principalmente a Região Metropolitana, passou por momentos de racionamento em função do uso sem controle da população. Ele sugere um amplo processo de educação ambiental patrocinado pelos governos federal, estadual e municipal como forma de evitar o desperdício e os racionamentos.

O diretor da Agência Nacional das Águas (ANA), Antônio Félix Domingues, defendeu a taxação de empresas e agricultores, que retiram água de rios e poços artesianos, como forma de mudar a atitude de desperdício. Segundo ele, é mexendo no bolso da população que certas atitudes, como lavar calçados, carros e regar jardins vão mudar. (JC, 4/8)