Visitação no Parque Nacional de Serra dos Órgãos bate recorde de inverno
2005-08-04
A visitação no Parque Nacional da Serra dos Órgãos na alta temporada de montanhismo de 2005 é a maior desde 1992, ano em que começou o controle detalhado da visitação. Entre os meses de abril e julho, 26.469 pessoas visitaram o parque, sendo 4.139 pagantes nas trilhas de montanha, 15.856 pagantes nas zonas de uso intensivo e 6.124 visitantes isentos que participaram do programa de visitas escolares ou de eventos, como o dia mundial do meio ambiente.
O controle de visitantes isentos teve início somente em 2005, não sendo possível comparar com outros anos, mas o número de pagantes é recorde em abril, maio e julho. A visitação foi 35% maior do que no mesmo período de 2003, o recorde anterior. Várias iniciativas da equipe do parque justificam o recorde, como a definição das regras de uso público em conjunto com a Federação de Montanhistas (FEMERJ), a divulgação do PARNASO através do site lançado em abril (www.ibama.gov.br/parnaso) e o sistema de reservas pela internet com pagamento antecipado.
O mais importante é que este aumento foi precedido de planejamento, minimizando os impactos na unidade de conservação. Há dois anos foi estabelecida a capacidade de suporte das trilhas de montanha e no máximo 200 montanhistas podem pernoitar nas montanhas do parque em todo o percurso da travessia. A segurança dos visitantes é garantida pelo controle dos Termos de Responsabilidade assinados na entrada e verificados na saída, permitindo a identificação de montanhistas perdidos ou em dificuldades.
Todo este esforço não atrairia tantos visitantes se o parque não tivesse uma das mais belas paisagens de montanha do país. O visual do alto das Pedras do Sino e do Açu e de todo o percurso da Travessia Petrópolis-Teresópolis é impressionante, sem contar que é um clássico nacional de caminhada e montanhismo, considerada pesada, com 42 km de distância. Exige guia experiente, equipamentos e mantimentos, podendo levar de 2 a 3 dias, para se completar a travessia. No percurso, cruza-se ou margeia-se a Pedra do Açu, o Vale da Morte, a Pedra do Sino e o Campo das Antas. A Pedra do Sino é o ponto culminante da Serra do Mar e lá do alto é possível ver a Baía de Guanabara e a cidade do Rio de Janeiro, além de parte do Vale do Paraíba do Sul. (Ibama,3/8)