(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-08-04
A dragagem do porto de Santos parou novamente. Depois de enfrentar uma batalha de mais de dois anos de duração com órgãos de licenciamento ambiental, o governo federal havia conseguido, em fevereiro, reiniciar as obras. Agora, falhas no relatório feito pela empresa que monitora a contaminação do material dragado suspenderam novamente o processo. Em seu projeto original, o canal onde atracam os navios deveria ter calado (profundidade, medida pela distância vertical entre a superfície da água em que a embarcação flutua e a face inferior da sua quilha) variando de 12 a 14 metros. Com o tempo, o canal foi sendo assoreado (obstruído, por areia ou por sedimentos) e agora essa profundidade varia de 10 a 12 metros.

A conseqüência prática da redução do calado para a infra-estrutura do país é que os navios estão saindo do porto com menos carga do que poderiam levar -de acordo com estimativa do Ministério dos Transportes, com 70% de sua capacidade. Além disso, navios maiores deixam de atracar no porto. Esses problemas encarecem o custo dos produtos exportados. O porto de Santos é o principal do país, responsável por 28,2% das exportações.

- A diminuição do calado traz prejuízos, porque os navios têm sua capacidade de carga reduzida. O aumento do calado aumenta o potencial exportador -, diz o almirante José Ribamar Miranda Dias, vice-presidente-executivo da Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga.

Crescimento
A movimentação no porto de Santos vem crescendo ano a ano: 16% de 2002 para 2003 e 13% de 2003 para 2004. A expectativa é que em 2005 haja crescimento de 10,3% no volume de cargas. Entre janeiro e junho deste ano, foram 35,3 milhões de toneladas, 7,82% a mais do que no mesmo período do ano passado. A previsão é que, até o fim do ano, sejam movimentados 73,9 milhões de toneladas, com crescimento de 10,3% em relação ao ano passado.

Como o porto não tem para onde se expandir, precisa aumentar sua eficiência. - A dragagem é fundamental para não haver estrangulamento do porto -, diz Fabrizio Pierdomênico, diretor comercial da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo). De acordo com o diretor, depois de restabelecido o calado original do canal do porto, nova dragagem será feita para aumentar o calado para até 15 metros. - O calado maior permite que os navios saiam mais carregados e que navios maiores entrem no porto.

Ostras
Para vencer a guerra contra as restrições ambientais, o governo federal optou por uma solução criativa: ostras, trazidas de Santa Catarina. Os moluscos foram instalados no local de descarte do material dragado. O objetivo é, mensalmente, analisar os moluscos e verificar seu nível de contaminação. Dessa forma, é possível checar se a contaminação do material dragado está dentro dos parâmetros tolerados para o ecossistema marítimo. Com a instalação das ostras, a dragagem foi liberada em fevereiro.

O relatório sobre o nível de contaminação do material dragado foi enviado à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), que o considerou inconsistente. Ou seja, pelos dados contidos no relatório, não era possível saber com certeza se havia ou não contaminação. Na dúvida, a dragagem foi suspensa no último dia 18. Na avaliação de Pierdomênico, novo relatório deverá ser enviado à Cetesb em aproximadamente dez dias. O diretor da Codesp calcula que a dragagem deverá ser retomada daqui a 20 ou 25 dias. A partir daí, a obra leva cerca de seis meses para ser concluída. A dragagem está custando R$ 33 milhões ao porto de Santos.

O monitoramento da contaminação, mais R$ 3 milhões. O principal problema ambiental a ser analisado é a contaminação do material dragado por benzopireno (substância cancerígena), vindo da queima de carvão em altos-fornos de usinas de Cubatão. O material retirado do fundo do canal é jogado no mar, em uma área distante aproximadamente 15 quilômetros do porto. (Folha de São Paulo, 03/08)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -