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2005-08-04
A China, apesar de não estar em uma região tropical, já ameaça as exportações brasileiras de madeira para os países ricos. Um levantamento feito pela Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) mostra que chineses começam a atuar também nas vendas de madeiras tropicais. O Brasil ainda é o fornecedor mais importante de certos tipos de madeiras para os Estados Unidos, mas essa posição vem sendo ameaçada pela China. Os dois países estarão competindo nos próximos anos pelos mesmos mercados. O Brasil ainda tem uma boa participação em mercados como os EUA. - Mas os chineses já estão sendo uma ameaça e quando obterem seus certificados de qualidade, como os que já possui o Brasil, darão muito trabalho -, disse Ed Pepke, um dos autores do levantamento. A China vem exportando produtos de madeiras tropicais feitos a partir de toras que importa da Ásia e da África.

As vendas de madeira compensada, por exemplo, aumentaram em 30% em 2003 e em 68% no ano passado. Isso acabou fazendo com que os chineses praticamente dividissem a terceira posição no ranking dos maiores exportadores de madeira tropical ao lado do Brasil, que exportou em 2004 quase 1 milhão de m3 de madeira compensada. O primeiro lugar é da Indonésia, seguida pela Malásia.

Há dois anos, os chineses exportavam metade do volume brasileiro. Na Europa, por exemplo, mesmo com uma sobretaxa cobrada por Bruxelas de 66% contra o produto chinês, Pequim continua ganhando mercado. Para responder à demanda por seus produtos, a China aumentou em 10% sua importação de toras de madeira tropical em 2003, chegando a 7,6 milhões de m3. O volume foi mantido em um nível parecido em 2004 diante da falta de fornecedores ao apetite chinês.

Mas o desempenho do Brasil também é destacado pelos especialistas. As vendas de madeira compensada do País para os EUA duplicaram em 2004 e, neste ano. Washington já impôs uma sobretaxa de 8% sobre o produto nacional. Mesmo assim, o Brasil passou a ser o maior fornecedor desse tipo de madeira para os EUA. Para a Europa, o Brasil conseguiu pôr sua produção de madeira compensada dentro das regras exigidas por Bruxelas, agregando valor ao produto.

Diante da demanda por madeiras tropicais e da situação relativamente estável nos mercados, o preço médio dos produtos feitos a partir desse tipo de madeiras sofreu uma alta. Parte dos ganhos foi para o Brasil, especialmente na venda de madeiras compensadas e no comércio de madeiras de pinho do País, que chegou a um preço recorde. Em 2005, o mercado imobiliário nos EUA também puxou para cima os preços da madeira, já que 95% das 2 milhões de novas casas construídas nos últimos 12 meses usaram o material. Segundo a FAO, a realidade é que pela primeira vez os países em desenvolvimento estão conseguindo exportar mais produtos elaborados do que primários no setor madeireiro. A liderança entre os maiores exportadores é da Malásia, responsável por um terço do comércio mundial de 13 milhões de m3 de madeira tropical. Ainda assim, as exportações de toras continuam a cair desde 2003 e hoje o comércio representa só metade do que era exportado há dez anos.

No caso da China, a FAO aponta que seu sucesso não se limita a madeiras tropicais. No segmento de móveis, as exportações chinesas teriam gerado o fechamento de 50 empresas americanas e a demissão 14,5 mil trabalhadores nos EUA nos últimos dois anos. Muitas companhias transferiram suas produções para a China. ( O Estado de São Paulo, 03/08)

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