Lideranças elaboram Carta do Carvão Gaúcho
2005-08-04
Lideranças políticas e empresariais dos municípios que compõem a chamada Região Carbonífera elaboraram na terça-feira (2/8), em conjunto com a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, a Carta do Carvão Gaúcho.
O documento defende maior aproveitamento do carvão na matriz energética nacional e destaca supostas vantagens do combustível. A carta será entregue no próximo dia 16, durante a instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Os autores do documento solicitam uma definição do leilão por capacidade de energia (menor preço ao consumidor final) e com separação das fontes de energia. Dentro das propostas para uma política do uso do carvão mineral, está o programa de implantação de 2 mil Megawatts (MW) de usinas novas à carvão mineral no Rio Grande do Sul, aumentando a participação na matriz energética nacional de 1,4% para 5%.
Outro pedido é pela regulamentação da Contribuição Desenvolvimento Energético (CDE) para o uso do carvão mineral com tecnologia de queima limpa. — O objetivo desta carta é mostrar a importância do carvão para o Estado, especialmente para os municípios da Região Carbonífera-, explica o secretário das Minas e Energia, Valdir Andres.
Andres diz que a definição de uma política para o uso do carvão mineral trará benefícios para o Estado e para o sul do país, pois garantiria o fornecimento de energia segura em períodos de seca, como a do último verão. Entre as vantagens do desenvolvimento econômico, o secretário destaca a geração de empregos em regiões deprimidas economicamente, a reativação da cadeia produtiva do carvão, competitividade no preço da energia em relação a outras termelétricas, projetos de investimentos privados, a segurança na política de abastecimento e preços (produto nacional) e a implantação da tecnologia de queima limpa de carvão.
— Os subprodutos do carvão, como a cinza, podem ser utilizados para a implantação de novas indústrias como gesso, cimento, construção civil, cerâmica, gerando mais empregos-, indica Andres.
Juntos, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná detém 100% das reservas de carvão do Brasil. O RS possui 89% deste total. (Com informações da Secretaria de Minas e Energia do RS)