Um documentário sobre os Pingüins do Imperador da Antártida está arrecadando mais dinheiro no cinema, na atual temporada de verão dos Estados Unidos, do que o filme A Guerra dos Mundos, última obra de Steven Spielberg. No verão estadunidense, a natureza parece andar melhor que os efeitos especiais.

No primeiro mês após sua estréia em 28 de junho, o documentário MArcha dos Pingüins, da Warner Independent Pictures, arrecadou US$ 12 milhões em cinemas independentes dos Estados Unidos e do Canadá. Em vendas de ingressos, a Marcha dos Pingüin obteve mais do que qualquer outro filme: US$ 26,269 milhões, ao passo que a Guerra dos Mundos fez US$ 19,719 milhões.

Isto significa que a produção em estilo documentário foi a mais vista nas salas independentes. Mesmo assim, não chega a se igualar às cifras que alcançam outros filmes que podem ser alugados em DVD, como Star Wars: Episódio III, a Revolta de Sith, ou Batman Begins e Sr. & Sra. Smith, que têm sido assistidos em milhões de salas do mundo. A Marcha dos Pingüins ameaça superar a Winged Migration e Super Size Me, e está sendo recomendada boca a boca. O filme rompe todas as regras de realização de documentários, introduzindo várias histórias e personagens – os pingüins são dublados - e diversas peripécias. As câmeras seguem os pássaros da Antártida através de áreas congeladas e os acompanham durante sua alimentação, no verão, e na sua hibernação, no inverno. O diretor, Luc Jacquet, permaneceu 14 meses na Antártida filmando com um grupo de quatro pessoas. (Clarín, 3/8)