(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-08-03
A fiscalização de tudo que envolve o meio ambiente é dividida entre o Ibama, órgão do governo federal e os órgãos estaduais da área. No caso de Mato Grosso, a responsabilidade e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que antes se chamava Fema. Mas existem muitos conflitos de competência. Tanto é assim que a própria população não tem um consenso sobre quem é o responsável pelo controle do desmatamento, conforme mostra a pesquisa Gazeta Dados.

Para 38% dos entrevistados, Ibama e Fema são responsáveis. Mas quase a mesma quantidade, 37%, acham que a função é exclusiva do Ibama. Outros 17% creditam a responsabilidade para a Fema (hoje Sema). Do total, 8% não souberam ou não responderam. Ao órgão federal cabe fiscalizar as propriedades de até 300 hectares. Acima disso, o problema é do Estado. Um dos maiores problemas, no entanto, é com relação à definição do que é cerrado, floresta ou área de transição. Há divergências na classificação das áreas entre os dois órgãos de meio ambiente.

Aliás, os ex-dirigentes do Ibama (Hugo Werle) e da Fema (Moacir Pires) já vinham se alfinetando há algum tempo, sobre a culpa pelo desmatamento, quando estourou o escândalo da Operação Curupira. Agora, o governo do Estado quer fazer um trabalho unificado com o Ibama, justamente para evitar conflitos.

22% aprovam política ambiental
Entre os que avaliaram negativamente a política de meio ambiente desenvolvida pelo governo do Estado, 23% alegam que o Executivo não fiscaliza com rigor o desmatamento. Outros 5% acreditam que o governador Blairo Maggi, por ser produtor rural antes de tudo, tem interesse no desmatamento. E também 5% dizem não haver controle sobre os crimes ambientais. Foram citados ainda como pontos desfavoráveis a falta de investimento em programa de reflorestamento; a falta de controle das queimadas; e a falta de rigor na multas e punições aplicadas.

A influência das questões ambientais no governo tem sido tanta que Maggi decidiu mudar radicalmente a área. A suspeita de corrupção na então Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema) só fez acelerar o processo. Além da criação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), o governador colocou um promotor (Marcos Machado) para comandar a pasta e já buscou cooperação técnica do Ministério do Meio Ambiente e Ibama para resolver a situação. Mas isso leva tempo e os efeitos não poderão ser vistos de imediato.

De acordo com a pesquisa Gazeta Dados, realizada entre 16 e 19 deste mês, 22% dos entrevistados consideraram boa a política do meio ambiente em Mato Grosso. Desses, 6% destacaram que o governo tem interesse na preservação. A fiscalização e o combate ao desmatamento; além do controle maior sobre os crimes ambientais; combate à corrupção nos órgão ambientais e transparência junto à população também foram citados como positivos por 2%.

Imagem prejudicada com o caso
Apesar do governador não ser visto como culpado pelo desmatamento pela maior parte da população, a maioria acredita que a imagem de Blairo Maggi ficou prejudicada pelas suspeitas de corrupção na antiga Fema, que estão sob investigação da Polícia Federal, pela Operação Curupira. São 54% que vêem prejuízo, contra 34% que acham que o socialista não foi prejudicado, segundo apurou a pesquisa Gazeta Dados. Na operação da PF foram presas mais de 100 pessoas, entre empresários e funcionários públicos da Fema e do Ibama. O então presidente da Fema, Moacir Pires, foi preso, sendo libertado posteriormente. No mesmo dia da prisão, o governador exonerou Pires do cargo.

Entre os que consideram que a imagem de Maggi ficou prejudicada pelo suposto esquema de corrupção na antiga Fema (hoje Sema), 49% dizem que o prejuízo foi grande, 27% pequeno e 17% entendem que foi mais ou menos. Somente 7% não souberam ou não responderam -ver quadro. As opiniões divergem sobre se o governador tinha ou não conhecimento da corrupção na antiga Fema. Os que acreditam que Maggi não sabia de nada de errado que estava acontecendo no órgão são 40%. Para 33%, o governador sabia e não fez nada. Outros 9% apontam que ele sabia e não resolveu.

Na opinião de 37%, o Ibama e a Fema são culpados. Mas 29% acham que o maior problema está no Ibama, enquanto 22% frisam estar na Fema. (Amazônia.org.br, 02/08)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -