Estados Unidos dizem que faltam 10 anos para o Irã desenvolver a bomba atômica
2005-08-03
Os serviços de inteligência dos Estados Unidos estimam que o Irã necessitará pelo menos de dez anos mais para poder fabricar armas nucleares, o dobro do que se calculava até o momento, revelou ontem (2/8) o jornal The Washington Post. Não obstante, informes assinalam que principalmente por meio de seu programa de energia, Teerã está adquirindo e dominando as tecnologias que poderiam desviar-se para fabricar bombas.
Em seus cálculos anteriores, a inteligência norte-americana havia calculado que, ao programa nuclear iraniano, faltavam uns cinco anos de desenvolvimento a fim de permitir a fabricação de armamento atômico. Em uma nota em que são citadas fontes do governo, está assinalado que existem indícios críveis sobre o fato de que as forças armadas do Irã levaram adiante uma atividade nuclear clandestina, mas esta não estaria tão avançada como se supôs nos informes.
O Irã anunciou, na segunda-feira (1º/8), que resolveu reabrir sua planta nuclear de Isfahan, no centro do país, para retomar seu programa de conversão de urânio, numa decisão que colocou em alerta a comunidade internacional.
A resposta da Europa não demorou a chegar. Os ministros de Relações Exteriores da Alemanha, França e Grã-Bretanha advertiram que o anúncio sobre a retomada das atividades nucleares atualmente suspensas podem pôr fim às negociações entre Teerã e Europa. Em sua mensagem ao principal negociador iraniano sobre o tema nuclear, Hasan Rohani, os europeus instam ao Irã para não retomar tais atividades nem outras medidas unilaterais. (Clarín, 2/8)