Os produtores que adotarem um modelo agroecológico a partir do Plano de Safra 2005/ 2006 poderão ter um acréscimo de 30% no limite de financiamento. A decisão, que está sendo implementada neste mês, foi uma das propostas difundidas ontem no seminário Ações de Prevenção à Seca no Sul do Brasil, na Capital, entre os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Integração Nacional. O assessor especial do MDA, Herlon de Almeida, falou sobre a necessidade de se constituir uma ação integrada entre as áreas técnicas e de assistência nos estados e municípios, já que há probabilidade de nova seca segundo apontam estatísticas. - Nos últimos dez anos, seis foram de seca na região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, e para isso é preciso uma reconversão produtiva. Almeida citou a necessidade de se adotarem práticas agrícolas que retenham água no solo e de diversificar o plantio. - Dá para plantar em períodos diferentes a mesma cultura, num espaço de 15 dias, e com diversificadas variedades.

Entre as ações de prevenção, o assessor do MDA também listou práticas de conservação do solo como o terraceamento e caixas de retenção de água. Durante a abertura do evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, anunciou que, dos R$ 9 bilhões disponibilizados ao Plano Safra 2005/2006, a estimativa é de que o Estado obtenha R$ 1,5 bilhão. Quanto às indenizações dos agricultores atingidos pela estiagem, calcula que serão destinados R$ 830 milhões no país. Segundo o delegado federal do MDA no RS, Nilton Pinho De Bem, a previsão é de que R$ 450 milhões sejam repassados ao RS. No Estado, dos 187 mil contratos feitos com seguro agrícola, 148 mil foram comunicados relativos ao clima. (CP, 30/07)