Seca deixa 13 áreas de conservação em alerta
2005-07-29
O clima seco, comum nesta época do ano, deixou o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em estado de alerta amarelo sobre 13 Unidades de Conservação naturais em sete Estados, o que significa que há risco iminente de incêndio.
Unidade de Conservação é uma área de proteção ambiental com um conjunto único ou representativo de características naturais. Os dados fazem parte do boletim de monitoramento realizado ontem pela Ibama a partir de focos de calor detectados pelos satélites NOAA-12 e Terra/Aqua. Esses focos são pontos extremamente quentes captados pelos satélites, normalmente associados a queimadas (casuais ou provocadas) e que podem constituir um incêndio florestal. A maior quantidade desses pontos foi detectada no Pará, onde há seis unidades em alerta: florestas nacionais de Altamira, de Itaituba 2, de Tapirapé-Aquiri, de Itacaiúnas, Carajás e a Reserva Biológica do Tapirapé.
Os outros estão em unidades espalhadas pelo Amazonas, Rondônia, Tocantins (com duas áreas de conservação), Maranhão, Piauí e Minas Gerais. A partir da notificação do alerta amarelo, as autoridades responsáveis pela conservação dessas unidades foram acionadas para verificar a extensão do problema. Se for confirmado que há incêndio, o alerta é elevado para vermelho, estágio em que é traçada a estratégia de combate ao fogo. Caso se trate de uma queimada controlada, o alerta amarelo é suspenso.
De acordo com João Antônio Raposo Pereira, gerente de monitoramento do Proarco (Programa de Prevenção e Controle às Queimadas e aos Incêndios Florestais no Arco do Desflorestamento) do Ibama, o país atravessa um dos dois períodos secos, o que propicia o aumento na quantidade de queimadas. (Folha de São Paulo, 28/07)