Vazamento de óleo em rio de Itajaí
2005-07-29
O rompimento do reservatório de óleo diesel de um posto de combustível de Itajaí fez com que aproximadamente mil litros do produto contaminassem um trecho do rio Canhanduba, que abastece um dos pontos de captação de água do município do litoral Norte de Santa Catarina. O incidente ocorreu por volta das 22 horas de terça-feira (26/07) e uma equipe de técnicos foi deslocada ao local para conter o vazamento. O posto de gasolina fica na rodovia Antônio Heil, no bairro Itaipava, a cerca de 50 metros do rio. A captação de água voltou ao normal durante a manhã do dia 27.
De acordo com Amarildo Araújo, gerente regional da empresa Alpina Briggs, prestadora de serviço do Centro de Defesa Ambiental da Petrobras, o trabalho de contenção foi feito com barreiras de poliuretano, com o objetivo de absorver o todo o óleo. As barreiras foram colocadas no local do vazamento e também alguns metros a frente, onde há uma barreira natural de algas. Também foram disponibilizadas pouco antes do ponto de captação do Serviço Municipal de Águas, Infra-estrutura e Saneamento (Semasa). - O trabalho visa garantir que não ocorra a contaminação da água captada para o consumo -, ressalta Araújo. Todo o tanque que continha o óleo diesel também foi esvaziado, a fim de evitar que o material continuasse escoando para o rio.
O chefe de fiscalização da Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai), Maurício dos Santos, garante que não há nenhum tipo de risco da população receber água contaminada em casa, nem mesmo da falta do líquido, uma vez que o reservatório estava com sua capacidade máxima no momento da interrupção. - Quando o óleo estava começando a aparecer no reservatório, paramos o bombeamento da água. Pelos cálculos que fizemos, acreditamos que o vazamento foi de 800 a mil litros de óleo diesel -, frisa Santos.
O posto km 1 foi parcialmente interditado, bem como sua lavação, que não possuía filtro de separação entre água, óleo e demais produtos químicos, o que resultava no despejo dos líquidos diretamente no rio Canhanduba. Não foram encontrados indícios de prejuízos à biodiversidade do rio, mas os especialistas ainda aguardam laudo técnico da Petrobras. O dono do posto deverá ser multado, se for confirmada a responsabilidade do estabelecimento pelo vazamento. O valor da multa pode variar de R$ 5 mil a R$ 50 mil. (A Notícia, 28/07)