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2005-07-28
Uma equipe, composta por um engenheiro florestal, por um jornalista e por quatro empresários acreanos do setor madeireiro, viaja hoje para Itacoatiara, no Amazonas. Lá, eles irão conhecer experiências locais relacionadas ao manejo florestal de baixo impacto e as novas maneiras de se agregar valor à madeira, através da co-geração de energia elétrica em que parte é utilizada para consumo próprio e o excedente destinado às comunidades da região.

A experiência amazonense vem sendo desenvolvida numa área de mais de 80 mil hectares do Centro de Difusão do Manejo Florestal de Baixo Impacto da Mil Madeireira, onde atuam diversas outras empresas, inclusive a Getal, uma das maiores do setor. A viagem técnica, ou dia de campo, é uma das inúmeras atividades do Projeto Manejar é Conservar que a Associação das Indústrias de Madeira de Manejo do Estado do Acre (Asimmanejo) desenvolve com recursos da ordem de R$ 200 mil bancados pelo governo alemão.

Há dois anos, a Asimmanejo negocia com o governo do Acre uma idéia semelhante de geração de energia. No próximo mês, a Ong vai dar início à elaboração de um diagnóstico quantitativo e qualitativo para, numa etapa posterior, instalar o projeto no Distrito Industrial e no Pólo Moveleiro, onde atualmente estão sendo instaladas 12 novas indústrias.

No dia de campo, haverá demonstração das etapas do plano de manejo estabelecendo-se paralelo com a forma convencional de exploração. - Queremos mostrar as vantagens ambientais e econômicas que o manejo de baixo impacto tem em relação à forma tradicional -, afirma a presidente da Asimmanejo, Adelaide de Fátima Oliveira, adiantando, por exemplo, que a antecipação da poda do cipó em um ano proporciona enorme segurança no processo de derrubada. Na ida à Itacoatiara, os empresários acreanos farão uma escala na capital amazonense onde deverão visitar também o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa). Naquela instituição, eles irão observar as experiências de pesquisas voltadas para o aproveitamento de resíduos e a parte de tecnologias de madeiras.

- Essa troca de experiência é algo novo em termos de Brasil. Ela é interessante porque está promovendo uma nova consciência nas pessoas que atuam no setor -, diz Oswaldo Coutinho, um dos integrantes da comitiva que vai ao Amazonas. Coutinho é proprietário da Madeireira Garça Branca, de Acrelândia, que beneficia mais de mil metros cúbicos de madeira por mês. Viajam ainda para Itacoatiara, os donos da Indústria Madeireira Macauã, de Acrelândia, Indústria Madeireira Ouro Branco, de Capixaba, e Fox Laminados, de Porto Acre. (Amazônia.org.br, 27/07)

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