A renegociação do contrato entre o governo argentino e a empresa Águas Argentinas pareceu ontem (26/7) não evoluir. Após uma reunião do diretório, a privatizada emitiu, à tarde, um comunicado no qual assegura que a proposta oficial não oferece alternativas à que anteriormente havia feito a empresa. O texto da Águas questiona a última oferta do governo: –Apesar da enorme quantidade de informação transmitida desde há três anos, o documento recebido ontem não contém nenhuma referência econômico-financeira, ao contrário da proposta anterior do governo, de 15 de junho.

A empresa também refere-se ao processo de degradação contínua que afeta a concessão e afirma que, em virtude desta situação, os acionistas decidiram transmitir ao governo um pedido formal para que, num prazo de 30 dias úteis, tome as medidas condizentes para restabelecer o equilíbrio do contrato.

A proposta que o governo fez chegar ontem à empresa contemplaria um aumento de tarifas para o ano que vem. Mas ainda ontem (26/7) a empresa havia advertido que a situação operacional e financeira da empresa não permitiria seguir assegurando de forma satisfatória, a seus clientes, a continuidade e a qualidade dos serviços. (Clarín, 26/7)